Conservação e Restauração
Restauração de obras
Você sabia...
Que a Câmara dos Deputados possui uma área de preservação e restauração de obras de arte, tais como livros, documentos, quadros e esculturas?
E que, somente em 2009, os colaboradores da Seção de Conservação e Restauração higienizaram aproximadamente 700 mil páginas de livros pertencentes ao acervo de Obras Raras, além de vários manuscritos datados a partir de 1823?
Se você respondeu ‘Não’ às perguntas, leia a matéria para conhecer esse trabalho; e, caso tenha respondido ‘Sim’, leia também para entender melhor essa área tão importante para a história e memória da nossa Casa!
Formada há 22 anos, a Seção de Conservação e Restauração (Secor), pertencente à Coordenação de Preservação de Bens Culturais, localiza-se no Centro de Documentação e Informação (Cedi), e teve início quando a Casa percebeu a necessidade de preservar os documentos e as obras existentes no seu acervo.
Atualmente, sua equipe é constituída por sete restauradores, com formação em diversas áreas, como Química e Belas Artes, por exemplo, e oito auxiliares de conservação e restauração. Além desses, foram contratadas 8 pessoas com deficiência intelectual para que realizassem alguns trabalhos na Seção, devido a uma parceria entre a Câmara e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (APAE-DF). Esses funcionários trabalham na higienização e limpeza do acervo bibliográfico da Instituição.
Independentemente da formação, todos os colaboradores da Secor participam de cursos e workshop para uma formação mais específica. A maior parte deles trabalha na área de conservação preventiva, que inclui a verificação das condições ambientais, higienização e acondicionamento de livros e documentos.
O principal objetivo da Secor é a manutenção da integridade física e histórica do objeto. Antes de cada trabalho, é feito um longo estudo para ser diagnosticada a melhor forma de tratamento e já houve casos em que o tempo de intervenção chegou a seis meses. "O conservador-restaurador executa apenas os trabalhos que podem ser realizados com segurança, dentro dos limites de seus conhecimentos, a fim de não causar danos aos bens culturais. Além disso, todos os tratamentos são realizados depois de um longo trabalho de pesquisa", revela Juçara Quinteros, chefe da Secor.
Fonte: Roberta Arcoverde
Revista da Casa - Câmara dos Deputados, nº 114, 11/02/2010