Retratos da Brasilidade: Primeira Missa no Brasil

 

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A Câmara dos Deputados iniciou uma série de exposições, denominada “Retratos da brasilidade”, que valoriza o que há de mais brasileiro em nossa arte. O quadro Primeira missa no Brasil, de Vítor Meireles, que esteve exposto no Salão Nobre do Congresso Nacional de 3 de julho a 16 de setembro de 2012, inaugurou a série.

A Casa, em parceria com o Museu Nacional de Belas Artes, localizado no Rio de Janeiro, trouxe a Brasília o célebre quadro com nove das dezenas de estudos preparatórios do autor para a realização da obra-prima da história da arte nacional.

Bolsista da Imperial Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro, Vítor Meireles produziu a obra em Paris no ano de 1861. Embora tenha sido pintada mais de três séculos depois da chegada de Pedro Álvares Cabral à costa brasileira, Primeira missa no Brasil é uma referência imediata quando se fala sobre o início da colonização pelos portugueses. A Carta de Pero Vaz de Caminha, publicada pela primeira vez no século XIX, foi uma fonte fundamental de inspiração. 

Sustentando a importância histórica da pintura na ilustração do “projeto civilizatório”, presente no imaginário da elite cultural e política brasileira do século XIX, na tela tudo é apresentado como se fosse uma revelação divina, que por isso está ali para dar o exemplo, para aconselhar, para narrar à nação, para ensinar a amar o altar e o trono.

 Uma leitura contemporânea dessa imagem clássica pode estimular questões sobre diversos temas, tais como o destino das nações indígenas; a participação dos negros, dos migrantes e dos imigrantes na sociedade brasileira; o processo de colonização e o pós-colonialismo; os choques e conflitos de tradições religiosas distintas; o hibridismo cultural; e a degradação do meio ambiente.

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