CÂMARA DOS DEPUTADOS
Centro de Documentação e Informação
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 1º A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:
I - universalidade de participação nos planos previdenciários;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais,
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente;
V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário-mínimo;
VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados.
Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e municipal.
Art. 3º Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS, órgão superior de deliberação colegiada que terá como membros:
I - seis representantes do Governo Federal; (Inciso com redação dada pela Lei n° 8.619, de 5/1/1993)
II - nove representantes da sociedade civil, sendo:
a) três representantes dos aposentados e pensionistas;
b) três representantes dos trabalhadores em atividade;
c) três representantes dos empregadores. (Inciso com redação dada pela Lei n° 8.619, de 5/1/1993)
§ 1º Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez.
§ 2º Os representantes dos trabalhadores em atividades, dos aposentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes serão indicados pelas centrais sindicais e confederações nacionais.
§ 3º O CNPS reunir-se-á ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presidente não podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros.
§ 4º Poderá ser convocada reunião extraordinária por seu Presidente ou a requerimento de um terço de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do CNPS.
§ 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
§ 6º As ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho, serão abonadas computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais.
§ 7º Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial.
§ 8º Competirá ao Ministério do Trabalho e da Previdência Social proporcionar ao CNPS os meios necessários ao exercício de suas competências para o que contará com uma Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Previdência Social.
§ 9º O CNPS deverá se instalar no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação desta Lei.
Art. 4º Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS:
I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis à Previdência Social;
II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária;
III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência Social;
IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previdência Social, antes de sua consolidação na proposta orçamentária da Seguridade Social;
V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos planos, programas e orçamentos no âmbito da Previdência Social;
VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previdência Social;
VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas da União, podendo, se for necessário, contratar auditoria externa;
VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos quais será exigida a anuência prévia do Procurador-Geral ou do Presidente do INSS para formalização de desistência ou transigência judiciais, conforme o disposto no art. 132;
IX - elaborar e aprovar seu regimento interno.
Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CNPS deverão ser publicadas no Diário Oficial da União.
Art. 5º Compete aos órgãos governamentais:
I - prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do CNPS, fornecendo inclusive estudos técnicos;
II - encaminhar ao CNPS, com antecedência mínima de 2 (dois) meses do seu envio ao Congresso Nacional, a proposta orçamentária da Previdência Social, devidamente detalhada.
Art. 6º Haverá, no âmbito da Previdência Social, uma Ouvidoria-Geral, cujas atribuições serão definidas em regulamento. (Artigo com redação dada pela Lei nº 9.711, de 20/11/1998)
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 31/8/2001)
Art. 8º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 31/8/2001)
TÍTULO II
DO PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
CAPÍTULO ÚNICO
DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 9º A Previdência Social compreende:
I - o Regime Geral de Previdência Social;
II - o Regime Facultativo Complementar de Previdência Social.
§ 1º O Regime Geral de Previdência Social - RGPS garante a cobertura de todas as situações expressas no art. 1º desta Lei, exceto as de desemprego involuntário, objeto de lei específica, e de aposentadoria por tempo de contribuição para o trabalhador de que trata o § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Parágrafo com redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006)
§ 2º O Regime Facultativo Complementar de Previdência Social será objeto de lei específica.
TÍTULO III
DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
CAPÍTULO I
DOS BENEFICIÁRIOS
Art. 10. Os Beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo.
Seção I
Dos Segurados
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 8.647, de 13/4/1993)
I - como empregado: ("Caput" do inciso com redação dada pela Lei n° 8.647, de 13/4/1993)
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros eu internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. (Alínea acrescida pela Lei n° 8.647, de 13/4/1993)
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Alínea acrescida pela Lei nº 9.506, de 30/10/1997)
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Alínea acrescida pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Alínea acrescida pela Lei nº 10.887, de 18/6/2004)
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
III - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
IV - (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
V - como contribuinte individual: ("Caput" do inciso com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9º e 10 deste artigo; (Alínea com redação dada pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Alínea com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Alínea com redação dada pela Lei nº 10.403, de 8/1/2002)
d) (Revogada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Alínea com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; (Alínea acrescida pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Alínea acrescida pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Alínea acrescida pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: ("Caput" do inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e (Alínea acrescida pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. (Alínea acrescida pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995)
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de antes da investidura. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
§ 5º Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 6º Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 7º O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
§ 8º Não descaracteriza a condição de segurado especial: ("Caput" do parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
I - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
II - a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
III - a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; e (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
IV - ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
V - a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
VI - a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 12 (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013, publicada no DOU de 25/10/2013, em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1/1/2014)
§ 9º Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: ("Caput" do parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
I - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio- reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso IV do § 8º deste artigo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
V - exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
VI - parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8º deste artigo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
§ 10. O segurado especial fica excluído dessa categoria: ("Caput" do parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
I - a contar do primeiro dia do mês em que: ("Caput" do inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 desta Lei, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 8º deste artigo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII e VIII do § 9º e no § 12, sem prejuízo do disposto no art. 15; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; e (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas pelo § 12. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013, publicada no DOU de 25/10/2013, em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1/1/2014)
II - a contar do primeiro dia do mês subsequente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de:
a) utilização de terceiros na exploração da atividade a que se refere o § 7º deste artigo;
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 9º deste artigo; e
c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 8º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 11. Aplica-se o disposto na alínea a do inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este explorada. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 12. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do § 1º, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013, publicada no DOU de 25/10/2013, em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1/1/2014)
§ 13. (Vetado na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 1º Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Parágrafo único transformado em § 1º e com nova redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 2º Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação, nessa condição, permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11.
Art. 14. Consideram-se:
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional;
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.
Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. (Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 13.202, de 8/12/2015)
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1° serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Seção II
Dos Dependentes
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em vigor 180 dias após sua publicação)
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em vigor 180 dias após sua publicação)
IV - (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995)
V - (VETADO na Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
VI - (VETADO na Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
VII - (VETADO na Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3° do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Seção III
Das Inscrições
Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes.
§ 1º Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que estiver habilitado. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.403, de 8/1/2002)
§ 2º (Revogado pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014 , convertida na Lei nº 13.135, de 17/6/2015)
§ 3º (Revogado pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
§ 4º A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de 6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
§ 5º O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante ou assemelhado. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008)
CAPÍTULO II
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL
Seção I
Das Espécies de Prestações
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição; (Alínea com redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006)
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
i) (Revogada pela Lei n° 8.870, de 15/4/1994)
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
a) (Revogada pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995)
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
§ 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei. (Parágrafo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015)
§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado. (Parágrafo com redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/1997)
§ 2º-A. (VETADO na Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
§ 3º O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006)
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015)
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. ("Caput" do artigo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 e com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015)
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006)
§ 2º A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 e com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015)
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015)
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2° não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006)
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, ao caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
Seção II
Dos Períodos de Carência
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida na Lei nº 13.457, de 26/6/2017)
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. (Inciso com redação dada pela Lei n° 8.870, de 15/4/1994)
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 2º (VETADO na Lei nº 13.183, de 4/11/2015)
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão,
salário-família e auxílio-acidente; (Inciso
com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
II - auxílio-doença
e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado
que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Inciso
com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015)
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos
segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional. VI - salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa
e empregada doméstica. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as
contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os
domésticos, e dos trabalhadores avulsos; (Inciso
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira
contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições
recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos
segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos,
respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. (Inciso
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Art. 27- A. No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de
carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado
deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos
períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.
(Artigo
acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Seção III Do Cálculo do Valor dos Benefícios Subseção I Do Salário-de-Benefício Art. 28. O valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido
por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o
salário-família e o salário-maternidade, será calculado com base no
salário-de-benefício. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 9.032,
de 28/4/1995) § 1º (Revogado
pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 2º (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 3º (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 4º (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Art. 28-A. (VETADO
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) Art. 29. O salário-de-benefício consiste: ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.876,
de 26/11/1999) I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o
período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; (Inciso acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art.
18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição
correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) § 1º (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) § 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário
mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de
início do benefício. § 3º Serão considerados para cálculo do salário-de-benefício os ganhos
habituais do segurado empregado, a qualquer título, sob forma de moeda corrente
ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições previdenciárias,
exceto o décimo-terceiro salário (gratificação natalina). (Parágrafo com redação dada pela Lei n° 8.870, de
15/4/1994) § 4º Não será considerado, para o cálculo do salário-de-benefício, o
aumento dos salários-de-contribuição que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente
concedido nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do
benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção
regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de
sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria
respectiva. § 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido
benefícios por incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como
salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que serviu de base
para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um)
salário-mínimo. § 6º O salário-de-benefício do segurado especial consiste no valor
equivalente ao salário-mínimo, ressalvado o disposto no inciso II do art. 39 e
nos §§ 3º e 4º do art. 48 desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999 e com nova redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) I - (Revogado pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) II - (Revogado pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) § 7º O fator previdenciário será calculado considerando-se a idade, a
expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar,
segundo a fórmula constante do Anexo desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) § 8º Para efeito do disposto no § 7º, a expectativa de sobrevida do
segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de
mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) § 9º Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de
contribuição do segurado serão adicionados: I - cinco anos, quando se tratar de mulher; II - cinco anos, quando se tratar de professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio; III - dez anos, quando se tratar de professora que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) § 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média
aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em
caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a
média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014, publicada em Edição
Extra do DOU de 30/12/2014, em vigor no primeiro dia do terceiro mês
subsequente à data de publicação e
convertida na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 11. (VETADO
na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 12. (VETADO
na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 13. (VETADO
na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) Art. 29-A. O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro
Nacional de Informações Sociais - CNIS sobre os vínculos e as remunerações dos
segurados, para fins de cálculo do salário-de-benefício, comprovação de
filiação ao Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e relação
de emprego. ("Caput" do artigo acrescido pela Lei nº
10.403, de 8/1/2002 e com nova redação dada pela Lei Complementar nº 128, de
19/12/2008) § 1º O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, contados
a partir da solicitação do pedido, para fornecer ao segurado as informações
previstas no caput deste artigo. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 10.403, de 8/1/2002) § 2º O segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão,
exclusão ou retificação de informações constantes do CNIS, com a apresentação
de documentos comprobatórios dos dados divergentes, conforme critérios
definidos pelo INSS. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.403, de 8/1/2002 e com nova redação dada pela Lei Complementar nº 128, de
19/12/2008) § 3º A aceitação de informações relativas a vínculos e remunerações
inseridas extemporaneamente no CNIS, inclusive retificações de informações
anteriormente inseridas, fica condicionada à comprovação dos dados ou das
divergências apontadas, conforme critérios definidos em regulamento. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 128, de
19/12/2008) § 4º Considera-se extemporânea a inserção de dados decorrentes de
documento inicial ou de retificação de dados anteriormente informados, quando o
documento ou a retificação, ou a informação retificadora, forem apresentados
após os prazos estabelecidos em regulamento. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 128, de
19/12/2008) § 5º Havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo incluído no CNIS e
inexistência de informações sobre remunerações e contribuições, o INSS exigirá
a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação, sob pena de
exclusão do período. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 128, de
19/12/2008) Art. 29-B. Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do valor
do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a variação integral do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (Artigo acrescido pela Lei nº 10.887, de 18/6/2004) Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por
tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário
no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade
e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da
aposentadoria, for: ("Caput"
do artigo acrescido pela Medida Provisória nº 676, de 17/6/2015, convertida
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o
tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou (Inciso
acrescido pela Medida Provisória nº 676, de 17/6/2015, convertida
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observado o
tempo mínimo de contribuição de trinta anos. (Inciso
acrescido pela Medida Provisória nº 676, de 17/6/2015, com
redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 1º Para os fins do disposto no caput, serão somadas as frações
em meses completos de tempo de contribuição e idade. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 676, de 17/6/2015, com
redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 2º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão majoradas em um ponto em: I - 31 de dezembro de 2018; II - 31 de dezembro de 2020; III - 31 de dezembro de 2022; IV - 31 de dezembro de 2024; e V - 31 de dezembro de 2026. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 676, de 17/6/2015, com
redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 3º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 2º, o tempo mínimo de contribuição do professor e da professora
que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio será de, respectivamente,
trinta e vinte e cinco anos, e serão acrescidos cinco pontos à soma da idade
com o tempo de contribuição. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 4º Ao segurado que alcançar o requisito necessário ao exercício da
opção de que trata o caput e deixar de requerer aposentadoria
será assegurado o direito à opção com a aplicação da pontuação exigida na data
do cumprimento do requisito nos termos deste artigo. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 5º (VETADO
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) Art. 29-D. (VETADO
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) Art. 30. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995). Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o
salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de
qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no
art. 86, § 5º. (Artigo restabelecido e com nova redação dada pela Lei
nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de
atividades concomitantes será calculado com base na soma dos
salários-de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do
óbito, ou no período básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 e as normas
seguintes: I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as
condições do benefício requerido, o salário-de-benefício será calculado com
base na soma dos respectivos salários-de-contribuição; II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o
salário-de-benefício corresponde à soma das seguintes parcelas: a) o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-contribuição
das atividades em relação às quais são atendidas as condições do benefício
requerido; b) um percentual da média do salário-de-contribuição de cada uma das
demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completo de
contribuição e os do período de carência do benefício requerido; III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da
alínea b do inciso II será o resultante da relação entre os anos
completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a
concessão do benefício. § 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência
ao limite máximo do salário-de-contribuição, contribuiu apenas por uma das
atividades concomitantes. § 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que tenha sofrido
redução do salário-de-contribuição das atividades concomitantes em respeito ao
limite máximo desse salário. Subseção II Da Renda Mensal do Benefício Art. 33. A renda mensal do benefício de prestação continuada que
substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado
não terá valor inferior ao do salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo
do salário-de-contribuição ressalvado o disposto no art. 45 desta Lei. Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do benefício, inclusive o
decorrente de acidente do trabalho, serão computados: ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o
trabalhador avulso, os salários de contribuição referentes aos meses de
contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador
doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades
cabíveis, observado o disposto no § 5º do art. 29-A; (Inciso
acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995 e
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador
avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente, considerado
como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria,
nos termos do art. 31; (Inciso acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997 e
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) III - para os demais segurados, os salários-de-contribuição referentes
aos meses de contribuições efetivamente recolhidas. (Primitivo
inciso II acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995, renumerado
e com nova redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/1997) Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador
avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício
pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no
período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta
renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de
contribuição. (Artigo
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Art. 36. Para o segurado empregado doméstico que, tendo satisfeito as
condições exigidas para a concessão do benefício requerido, não comprovar o
efetivo o recolhimento das contribuições devidas, será concedido o benefício de
valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentação da prova
do recolhimento das contribuições. Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o disposto no
art. 35, deve ser reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual
data de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do
valor do benefício, a renda mensal que prevalecia até então. (Artigo
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Art. 38. Sem prejuízo do disposto no art. 35, cabe à Previdência Social
manter cadastro dos segurados com todos os informes necessários para o cálculo
da renda mensal dos benefícios.
(Artigo
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Art. 38-A. O Ministério da Previdência Social desenvolverá programa de
cadastramento dos segurados especiais, observado o disposto nos §§ 4º e 5º do
art. 17 desta Lei, podendo para tanto firmar convênio com órgãos federais,
estaduais ou do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com entidades de
classe, em especial as respectivas confederações ou federações. ("Caput" do artigo acrescido pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) § 1º O programa de que trata o caput deste artigo deverá prever
a manutenção e a atualização anual do cadastro e conter todas as informações
necessárias à caracterização da condição de segurado especial. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008
,
com redação dada pela Lei nº 13.134, de 16/6/2015) § 2º Da aplicação do disposto neste artigo não poderá resultar nenhum
ônus para os segurados, sejam eles filiados ou não às entidades conveniadas. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) § 3º O INSS, no ato de habilitação ou de concessão de benefício, deverá
verificar a condição de segurado especial e, se for o caso, o pagamento da contribuição
previdenciária, nos termos da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
considerando, dentre outros, o que consta do Cadastro Nacional de Informações Sociais
(CNIS) de que trata o art. 29-A desta Lei. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.134, de 16/6/2015) Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que
trata o art. 38-A para fins de comprovação do exercício da atividade e da
condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar. Parágrafo único. Havendo divergências de informações, para fins de
reconhecimento de direito com vistas à concessão de benefício, o INSS poderá
exigir a apresentação dos documentos previstos no art. 106 desta Lei. (Artigo
acrescido pela Lei nº 13.134, de 16/6/2015) Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, fica garantida a concessão: I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de
auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de
auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, desde que comprove o exercício
de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes
à carência do benefício requerido; ou (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.873, de
24/10/2013) II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a
forma de cálculo estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a
Previdência Social, na forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade
Social. Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do
salário-maternidade no valor de 1 (um) salário-mínimo, desde que comprove o
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze)
meses imediatamente anteriores ao do início do benefício. (Parágrafo único acrescido pela Lei n° 8.861, de
25/3/1994) Art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência
Social que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou
aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. Parágrafo único. O abono anual será calculado, no que couber, da mesma
forma que a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da
renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano. Seção IV Do Reajustamento do Valor dos Benefícios Art. 41. (Revogado pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006) Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado,
anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo
com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. ("Caput" do artigo acrescido pela Lei nº 11.430, de
26/12/2006 § 1º Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do
salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos
adquiridos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 § 2º Os benefícios com renda mensal superior a um salário mínimo serão
pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês subsequente ao de sua competência,
observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de
pagamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 e com nova redação dada pela Lei nº 11.665, de
29/4/2008) § 3º Os benefícios com renda mensal no valor de até um salário mínimo
serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útil que anteceder o
final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês subsequente,
observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 e com nova redação dada pela Lei nº 11.665, de
29/4/2008) § 4º Para os efeitos dos §§ 2º e 3º deste artigo, considera-se dia útil
aquele de expediente bancário com horário normal de atendimento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.430, de 26/12/2006 e com nova redação dada pela Lei nº 11.665, de
29/4/2008) § 5º O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco
dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária a
sua concessão. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 404, de
11/12/2007, convertida na Lei nº 11.665, de 29/4/2008) § 6º Para os benefícios que tenham sido majorados devido à elevação do
salário mínimo, o referido aumento deverá ser compensado no momento da
aplicação do disposto no caput deste artigo, de acordo com normas a
serem baixadas pelo Ministério da Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 404, de
11/12/2007, convertida na Lei nº 11.665, de 29/4/2008) Seção V Dos Benefícios Subseção I Da Aposentadoria por Invalidez Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo
de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para
o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nesta condição. § 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá
da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a
cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança. § 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao
Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria
por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão
ou agravamento dessa doença ou lesão. Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1°, 2°
e 3° deste artigo. § 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade
total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida: (Parágrafo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da
atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a
entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias; (Alínea
com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
b) ao
segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual,
especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data
da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta
dias. (Alínea com redação dada pela Lei nº 9.876, de
26/11/1999)
§ 2º Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por
motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 3º (Revogado pela Lei nº 9.032 de 28/4/1995)
§ 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer
momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a
aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, observado o disposto
no art. 101 desta Lei. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de
acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem
por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III,
especialmente no art. 33 desta Lei. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 9.032,
de 28/4/1995) § 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) § 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o
valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este,
por força de reajustamento, for superior ao previsto neste artigo. Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que
necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento). Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo: a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo
legal; b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da
pensão. Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à
atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do
retorno. Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado
por invalidez, será observado o seguinte procedimento: I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data
do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu
sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à
função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação
trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade
fornecido pela Previdência Social, ou; b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença
ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do
inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de
trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida,
sem prejuízo da volta à atividade: a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que
for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6
(seis) meses; c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual
período de 6 (seis) meses, ao termino do qual cessará definitivamente. Subseção II Da Aposentadoria por Idade Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida
a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem e 60 (sessenta), se mulher. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 9.032,
de 28/4/1995) § 1º Os limites fixados no caput são reduzidos
para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de trabalhadores rurais,
respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do
art. 11. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995 e com nova redação dada pela Lei nº 9.876, de
26/11/1999) § 2º Para os efeitos do disposto no § 1º deste artigo, o trabalhador
rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício,
por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do
benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a
VIII do § 9º do art. 11 desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995 e com nova redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) § 3º Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º deste artigo que não
atendam ao disposto no § 2º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se
forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado,
farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) § 4º Para efeito do § 3º deste artigo, o cálculo da renda mensal do
benefício será apurado de acordo com o disposto no inciso II do caput do art. 29 desta Lei, considerando-se como salário-de-contribuição mensal
do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-contribuição da
Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) Art. 49. A aposentadoria por idade será devida: I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou
até 90 (noventa) dias depois dela; ou b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou
quando for requerida após o prazo previsto na alínea a; II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento. Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III
deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70%
(setenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por
grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento)
do salário-de-benefício. Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa desde
que o segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70
(setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos,
se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado
a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da
rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da
aposentadoria. Subseção III Da Aposentadoria por Tempo de Serviço Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a
carência exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos
de serviço, se do sexo feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o disposto na
Seção III deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda
mensal de: I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do
salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por
cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100%
(cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço; II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30
(trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano
completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do
salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço. Art. 54. A data do início da aposentadoria por tempo de serviço será
fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no
art. 49. § 1º (VETADO
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 2º (VETADO
na Lei nº 13.183, de 4/11/2015) Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no
Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer
das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que
anterior à perda da qualidade de segurado: I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no §
1° do art. 143 da Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao Regime
Geral de Previdência Social, desde que não tenha sido contado para inatividade
remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público; II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez; III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo; (Inciso com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo
federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de
aposentadoria por outro regime de previdência social; (Inciso com redação dada pela Lei n° 9.506 de
30/10/1997) V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado
de exercer atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei; VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8° e 9° da Lei
n° 8.162, de 8 de janeiro de 1991, pelo segurado definido no artigo 11, inciso
I, alínea g , desta Lei, sendo tais contribuições computadas para
efeito de carência. (Inciso acrescido pela Lei n° 8.647, de 13/4/1993) § 1º A averbação de tempo de serviço durante o qual o exercício da
atividade não determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de
Previdência Social Urbana só será admitida mediante o recolhimento das
contribuições correspondentes, conforme dispuser o Regulamento, observado o
disposto no § 2°. § 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de
início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento
das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência,
conforme dispuser o Regulamento. § 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei,
inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto
no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material,
não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de
motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. § 4º Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de
concessão do benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado
contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2º do
art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se tiver complementado
as contribuições na forma do § 3º do mesmo artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 123, de
14/12/2006) Art. 56. O professor, após 30 (trinta) anos, e a professora, após 25
(vinte e cinco) anos de efetivo exercício em funções de magistério poderão
aposentar-se por tempo de serviço, com renda mensal correspondente a 100% (cem
por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III deste
Capítulo. Subseção IV Da Aposentadoria Especial Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a
carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 9.032,
de 28/4/1995) § 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no
art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por
cento) do salário-de-benefício. (Parágrafo
com redação dada pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da
aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49. § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo
segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, do tempo de
trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Parágrafo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) § 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição
aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do benefício. (Parágrafo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) § 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou
venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será
somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade
comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e
Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos
provenientes da contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove
ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a
serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze,
vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente. (Parágrafo acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995 e com nova redação dada pela Lei nº 9.732, de
11/12/1998) § 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente
sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.732, de 11/12/1998) § 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos
deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite
aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.732, de 11/12/1998) Art. 58. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados
para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior
será definida pelo Poder Executivo. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) § 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos
agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu
preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos
termos da legislação trabalhista. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997 e com
nova redação dada pela Lei nº 9.732, de 11/12/1998) § 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior
deverão constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção
coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites
de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento
respectivo. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997 e com
nova redação dada pela Lei nº 9.732, de 11/12/1998) § 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência
aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou
que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o
respectivo laudo estará sujeita à penalidade prevista no art. 133 desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil
profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e
fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica
desse documento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
Subseção V Do Auxílio-Doença Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar
incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos. Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao
segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da
doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou
lesão. Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do
décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados,
a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30
(trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do
requerimento.
§ 2º (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) § 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da
atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado
o seu salário integral. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999)
§ 4º A
empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo
o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no §
3°, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência
Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.
§ 5º Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo
órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou
técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela
da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos
termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de
fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação
técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação
técnica, sob sua coordenação e supervisão, com: ("Caput"
do parágrafo acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) I - órgãos e entidades públicos ou que
integrem o Sistema Único de Saúde (SUS); (Inciso
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) II - (VETADO
na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) III - (VETADO
na Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 6º O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer
atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a
partir do retorno à atividade. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 7º Na hipótese do § 6º, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença,
venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser
verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 8º Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de
auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para
a duração do benefício. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 9º Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8º deste artigo, o
benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de
concessão ou de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a
sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento, observado o disposto
no art. 62 desta Lei. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 10. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou
administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das
condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, observado o disposto no
art. 101 desta Lei. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 11. O segurado que não concordar com o resultado da avaliação da qual
dispõe o § 10 deste artigo poderá apresentar, no prazo máximo de trinta
dias, recurso da decisão da administração perante o Conselho de Recursos do
Seguro Social, cuja análise médica pericial, se necessária, será feita pelo
assistente técnico médico da junta de recursos do seguro social, perito diverso
daquele que indeferiu o benefício. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do
trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por
cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III,
especialmente no art. 33 desta Lei. (Artigo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de
recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de
reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja considerado
reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou,
quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez. (Parágrafo
único acrescido pela Medida Provisória nº 767, de 6/1/2017, convertida
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Art. 63. O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de
auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como
licenciado. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Parágrafo único. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada
ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual
diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. Art. 64. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Subseção VI Do Salário-Família Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado
empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na
proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos do § 2º do art.
16 desta Lei, observado o disposto no art. 66. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade
e os demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do
sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do feminino, terão direito ao
salário-família, pago juntamente com a aposentadoria. Art. 66. O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de
qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade ou inválido de qualquer
idade é de: I - Cr$ 1.360,00 (um mil trezentos e sessenta cruzeiros), para o segurado
com remuneração mensal não superior a Cr$ 51.000,00 (cinquenta e um mil
cruzeiros); (Valores atualizados pela Portaria MPAS nº 4.479, de 4/6/1998, a partir de 1º
de junho de 1998 para, respectivamente, R$ 8,65 (oito reais e sessenta e cinco
centavos) e R$ 324,45 (trezentos e vinte e quatro reais e quarenta e cinco
centavos) (Vide Lei nº 10.888, de 24/6/2004) II - Cr$ 170,00 (cento e setenta cruzeiros), para o segurado com
remuneração mensal superior a Cr$ 51.000,00 (cinquenta e um mil cruzeiros). (Valores
atualizados pela Portaria MPAS nº 4.479, de 4/6/1998, a partir de 1º
de junho de 1998 para, respectivamente, R$ 1,07 (um real e sete centavos) e
324,45 (trezentos e vinte e quatro reais e quarenta e cinco centavos) (Vide Lei nº 10.888, de 24/6/2004) Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da
certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao
inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de
comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos do regulamento.
(Artigo com redação dada pela Lei nº 9.876, de
26/11/1999) Parágrafo único. O empregado doméstico deve apresentar apenas
a certidão de nascimento referida no caput. (Parágrafo
único acrescido pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo
empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a
compensação quando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o
Regulamento. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) § 1º A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez)
anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes,
para fiscalização da Previdência Social. (Parágrafo
com redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 1/6/2015) § 2º Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família será
pago juntamente com o ultimo pagamento relativo ao mês. Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser
recebido pelo sindicato de classe respectivo, que se incumbirá de elaborar as
folhas correspondentes e de distribuí-lo. Art. 70. A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer
efeito, ao salário ou ao benefício. Subseção VII Do Salário-Maternidade Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da
Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período
entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste,
observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à
proteção à maternidade. ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei nº 10.710, de 5/8/2003) Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou
obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido
salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. ("Caput" do artigo acrescido pela Lei nº 10.421, de
15/4/2002, com redação dada pela Medida Provisória nº 619, de
6/6/2013, convertida na Lei nº 12.873, de 24/10/2013) § 1º O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente
pela Previdência Social. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 10.710, de
5/8/2003, transformado em parágrafo primeiro e com redação dada
pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013) § 2º Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o
disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais de um
segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges
ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013) Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus
ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o
período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento
do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário
maternidade. § 1º O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término
do salário-maternidade originário. § 2º O benefício de que trata o caput será pago diretamente
pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia
do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre: I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso; II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico; III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de
contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o
contribuinte individual, facultativo e desempregado; e IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar ou obtiver
guarda judicial para fins de adoção (Artigo acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013,
publicada no DOU de 25/10/2013, em vigor 90 dias após a data de sua publicação) Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no
art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da
atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013,
publicada no DOU de 25/10/2013, em vigor 90 dias após a data de sua publicação) Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora
avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.876,
de 26/11/1999) § 1º Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva
empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art.
248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.710, de 5/8/2003) § 2º A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos
pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da
Previdência Social. (Parágrafo único transformado em § 2º pela Lei nº
10.710, de 5/8/2003) § 3º O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do
microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.710, de 5/8/2003, e com redação dada pela Lei nº 12.470, de 31/8/2011) Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o
salário-maternidade para as demais seguradas, pago diretamente pela Previdência
Social, consistirá: ("Caput"
do artigo com redação dada pela Lei nº 10.710, de 5/8/2003) I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição,
para a segurada empregada doméstica; (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.876, de
26/11/1999) II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última
contribuição anual, para a segurada especial; (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição,
apurados em um período não superior a quinze meses, para as demais seguradas. (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.876, de
26/11/1999) Subseção VIII Da Pensão por Morte Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois
deste; (Inciso
acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997, com
redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso
anterior; (Inciso acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) § 1º Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o
condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do
segurado.(Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014 ,convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 2º Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a
companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento
ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir
benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado
o direito ao contraditório e à ampla defesa. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014, publicada em Edição
Extra do DOU de 30/12/2014, em vigor quinze dias a partir da sua publicação,
convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do
valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se
estivesse aposentado , por invalidez na data de seu falecimento, observado o
disposto no art. 33 desta Lei. (Artigo
com redação dada pela Lei n° 9.528, de 10/12/1997) Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de
habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação
posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito
a contar da data da inscrição ou habilitação. § 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o
companheiro ou a companheira que somente fará jus ao benefício a partir da data
de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica. § 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que
recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os
dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei. Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada
entre todos em parte iguais. § 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direto à pensão
cessar. § 2º O direito à percepção de cada cota individual cessará: ("Caput"
do parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) I - pela morte do pensionista; II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os
sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Inciso
com redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015, em vigor em 3/1/2016) III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Inciso
com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) IV - para filho ou irmão que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência,
nos termos do regulamento; (Inciso
acrescido pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014, publicada em Edição
Extra do DOU de 30/12/2014, em vigor no primeiro dia do terceiro mês
subsequente à data de publicação ,convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) (Para
vigência, vide art. 6º, I e II, da Lei 13.135, de 17/6/2015) V- para cônjuge ou companheiro: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento
da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das
alíneas "b" e "c"; b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha
vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável
tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a
idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois
de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após
o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de
idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de
idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos
de idade; 6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Inciso
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 2º-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea
"a" ou os prazos previstos na alínea "c", ambas do inciso V
do § 2º, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de
doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18
(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento
ou de união estável. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 2º-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse
período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional
única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da
população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas
idades para os fins previstos na alínea "c" do inciso V do § 2º, em
ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na
comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão
extinguir-se-á. (Artigo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) § 4º (Revogado
pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 5º O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social
(RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de
que tratam as alíneas "b" e "c" do inciso V do § 2º. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 664, de 30/12/2014, publicada em Edição
Extra do DOU de 30/12/2014, em vigor no primeiro dia do terceiro mês
subsequente à data de publicação convertida
e com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) § 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte
individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com
deficiência grave. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade
judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida
pensão provisória, na forma desta Subseção. § 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em consequência de
acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão
provisória independentemente da declaração e do prazo deste artigo. § 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão
cessará imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores
recebidos, salvo má-fé. Art. 79. Não se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao pensionista
menor, incapaz ou ausente, na forma da lei. Subseção IX Do Auxílio-Reclusão Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão
por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria
ou de abono de permanência em serviço. Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão
deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo
obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de
permanência na condição de presidiário. Subseção X Dos Pecúlios Art. 81. (Revogado pela Lei n° 9.129, de 20/11/1995) Art. 82. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Art. 83. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Art. 84. (Revogado pela Lei n° 8.870, de 15/4/1994) Art. 85. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Subseção XI Do Auxílio-Acidente Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado
quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 9.528,
de 10/12/1997) § 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta
por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º,
até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do
segurado. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) § 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da
cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou
rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer
aposentadoria. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de
aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do
recebimento do auxílio-acidente. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.528, de
10/12/1997) § 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a
concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade
entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Parágrafo restabelecido e com nova redação dada pela
Lei nº 9.528, de 10/12/1997) § 5º (VETADO na Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Subseção XII Do Abono de Permanência em Serviço Art. 87. (Revogado pela Lei n° 8.870, de 15/4/1994) Seção VI Dos Serviços Subseção I Do Serviço Social Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários
seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com
eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a
Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da
sociedade. § 1° Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade
temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas. § 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas
intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos
sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante
celebração de convênios, acordos ou contratos. § 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário
na implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação
com as associações e entidades de classe. § 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência
Social, prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração
e implantação de suas propostas de trabalho. Subseção II Da Habilitação e da Reabilitação Profissional Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão
proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o
trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação
e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado
de trabalho e do contexto em que vive. Parágrafo único. A reabilitação profissional compreende: a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de
auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder
ser atenuada por seu uso e dos equipamentos necessários à habilitação e
reabilitação social e profissional; b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso
anterior, desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do
beneficiário; c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário. Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter
obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das
possibilidades do órgão da Previdência Social, aos seus dependentes. Art. 91. Será concedido, no caso de habilitação e reabilitação
profissional, auxílio para tratamento ou exame fora do domicilio do
beneficiário, conforme dispuser o Regulamento. Art. 92. Concluído o processo de habilitação ou reabilitação social e
profissional, a Previdência Social emitirá certificado individual, indicando as
atividades que poderão ser exercidas pelo beneficiário, nada impedindo que este
exerça outra atividade para a qual se capacitar. Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a
preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiências, habilitadas,
na seguinte proporção: I - até 200 empregados ..................2%; II - de 201 a 500 ............................3%; III - de 501 a 1.000 ........................4%; IV - de 1.001 em diante .................5%. § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado
da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90
(noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado
somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência
ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015,
em vigor 180 dias após sua publicação) § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a
sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total
de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por
beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando
solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos
cidadãos interessados. (Parágrafo
com redação dada pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015,
em vigor 180 dias após sua publicação) § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta
de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em
vigor 180 dias após sua publicação) Seção VII Da Contagem Recíproca de Tempo de Serviço Art. 94. Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de
Previdência Social ou no serviço público é assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de
contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese em que os
diferentes sistemas de previdência social se compensarão financeiramente. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.711,
de 20/11/1998) § 1º A compensação financeira será feita ao sistema a que
o interessado estiver vinculado ao requerer o benefício pelos demais sistemas,
em relação aos respectivos tempos de contribuição ou de serviço, conforme
dispuser o Regulamento. (Parágrafo
único transformado em § 1º pela Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006) § 2º Não será computado como tempo de contribuição, para
efeito dos benefícios previstos em regimes próprios de previdência social, o
período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver
contribuído na forma do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991, salvo se complementadas as contribuições na forma do § 3º do mesmo
artigo. (Parágrafo
acrescido pela Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006) Art. 95. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
24/8/2001) Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção
será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as normas
seguintes: I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições
especiais; II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade
privada, quando concomitantes; III - não será contado por um sistema o tempo de serviço utilizado para
concessão de aposentadoria pelo outro; IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de
filiação à Previdência Social só será contado mediante indenização da
contribuição correspondente ao período respectivo, com acréscimo de juros
moratórios de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anualmente, e
multa de dez por cento; (Inciso com redação dada pela Medida Provisória nº
2.187-13, de 24/8/2001) Art. 97. A aposentadoria por tempo de serviço, com contagem de tempo na
forma desta Seção, será concedida ao segurado do sexo feminino a partir de 25
(vinte e cinco) anos completos de serviço, e, ao segurado do sexo masculino, a
partir de 30 (trinta) anos completos de serviço, ressalvadas as hipóteses de
redução previstas em lei. Art. 98. Quando a soma dos tempos de serviço ultrapassar 30 (trinta)
anos, se do sexo feminino, e 35 (trinta e cinco) anos, se do sexo masculino, o
excesso não será considerado para qualquer efeito. Art. 99. O benefício resultante de contagem de tempo de serviço na forma
desta Seção será concedido e pago pelo sistema a que o interessado estiver
vinculado ao requerê-lo, e calculado na forma da respectiva legislação. Seção VIII Das Disposições Diversas Relativas às Prestações Art. 100. (VETADO) Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por
invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do
benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo
de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são
facultativos. ("Caput" do Artigo com redação dada pela Lei n° 9.032,
de 28/4/1995) § 1º O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham
retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo: (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.063, de 30/12/2014, com
redação dada pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando
decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou
do auxílio-doença que a precedeu; ou (Inciso
acrescido pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) II - após completarem sessenta anos de idade. (Inciso
acrescido pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 2º A isenção de que trata o § 1º não se aplica quando o exame tem as
seguintes finalidades: I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa
para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do
benefício, conforme dispõe o art. 45; II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante
solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme
dispõe o art. 110. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.063, de 30/12/2014) § 3º (VETADO
na Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 4º A perícia de que trata este artigo terá acesso aos prontuários médicos
do periciado no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia anuência
do periciado e seja garantido o sigilo sobre os dados dele. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) § 5º É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia
médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, quando seu
deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de
acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, nos termos do
regulamento. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 13.457, de 26/6/2017) Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos
direitos inerentes a essa qualidade. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) § 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o
direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os
requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram
atendidos. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) §2 º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que
falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se
preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo
anterior. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997)
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito
ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de
benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da
primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da
decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº
10.839, de 5/2/2004) Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da
data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações
vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social,
salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários
decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé. § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial
contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. § 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de
autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. (Artigo acrescido pela Lei nº 10.839, de 5/2/2004) Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente de
trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta
Lei, contados da data: I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade
temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente
ou o agravamento das sequelas do acidente. Art. 105. A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo
para recusa do requerimento do benefício. Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita,
alternativamente, por meio de: ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº
11.718, de 20/6/2008) I - contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência
Social; (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) II - contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) III - declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador
rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que
homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) IV - comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar; (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) V - bloco de notas do produtor rural; (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.718, de
20/6/2008) VI - notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7º do art.
30 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da
produção, com indicação do nome do segurado como vendedor; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) VII - documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à
cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do
segurado como vendedor ou consignante; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) VIII - comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social
decorrentes da comercialização da produção; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) IX - cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda
proveniente da comercialização de produção rural; ou (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) X - licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Inciso acrescido pela Lei nº 11.718, de 20/6/2008) Art. 107. O tempo de serviço de que trata o art. 55 desta Lei será
considerado para cálculo do valor da renda mensal de qualquer benefício. Art. 108. Mediante justificação processada perante a Previdência Social,
observado o disposto no § 3° do art. 55 e na forma estabelecida no Regulamento,
poderá ser suprida a falta de documento ou provado ato do interesse de
beneficiário ou empresa, salvo no que se refere a registro público. Art. 109. O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em
caso de ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando
será pago a procurador, cujo mandato não terá prazo superior a doze meses,
podendo ser renovado. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei n° 8.870,
de 15/4/1994) Parágrafo único. A impressão digital do beneficiário incapaz de assinar,
aposta na presença de servidor da Previdência Social, vale como assinatura para
quitação de pagamento de benefício. Art. 110. O benefício devido ao segurado ou dependente civilmente incapaz
será feito ao cônjuge, pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e
por período não superior a 6 (seis) meses, o pagamento a herdeiro necessário,
mediante termo de compromisso firmado no ato do recebimento. Parágrafo único. Para efeito de curatela, no caso de interdição do
beneficiário, a autoridade judiciaria pode louvar-se no laudo médico-pericial
da Previdência Social. Art. 110-A. No ato de requerimento de benefícios operacionalizados pelo
INSS, não será exigida apresentação de termo de curatela de titular ou de
beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a serem estabelecidos
em regulamento. (Artigo
acrescido pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em
vigor 180 dias após sua publicação) Art. 111. O segurado menor poderá, conforme dispuser o Regulamento,
firmar recibo de benefício, independentemente da presença dos pais ou do tutor.
Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos
seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus
sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou
arrolamento. Art. 113. O benefício poderá ser pago mediante depósito em conta corrente
ou por autorização de pagamento, conforme se dispuser em regulamento. Parágrafo único. (Parágrafo único acrescido pela Lei n° 8.870, de
15/4/1994 e revogado pela Lei nº 9.876, de 26/11/1999) Art. 114. Salvo quanto o valor devido à Previdência Social e a desconto
autorizado por esta Lei, ou derivado da obrigação de prestar alimentos
reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode ser objeto de penhora,
arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a
constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes
irrevogáveis ou em causa própria para o seu recebimento. Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios: I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; II - pagamento de benefício além do devido; III - Imposto de Renda retido na fonte; IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial; V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados
legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados; VI - pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de
crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições
financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades fechadas
ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco
por cento) do valor do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados
exclusivamente para: (Inciso
acrescido pela Lei nº 10.820, de 17/12/2003, e com
redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão
de crédito; ou (Alínea
com redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) b) utilização com a finalidade de saque por meio do
cartão de crédito. (Alínea
com redação dada pela Lei nº 13.183, de 4/11/2015) § 1º Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em
parcelas, conforme dispuser o regulamento, salvo má-fé. (Parágrafo
único transformado em § 1º pela Lei nº 10.820, de 17/12/2003) § 2º Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do
inciso II. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.820, de
17/12/2003) § 3º Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os
créditos constituídos pelo INSS em razão de benefício previdenciário ou
assistencial pago indevidamente ou além do devido, hipótese em que se aplica o
disposto na Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial. (Parágrafo
acrescido pela Medida Provisória nº 780, de 19/5/2017) Art. 116. Será fornecido ao beneficiário demonstrativo minucioso das
importâncias pagas, discriminando-se o valor da mensalidade, as diferenças
eventualmente pagas com o período a que se referem e os descontos efetuados. Art. 117. A empresa, o sindicato ou a entidade de aposentados devidamente
legalizada poderá, mediante convênio com a Previdência Social, encarregar-se,
relativamente a seu empregado ou associado e respectivos dependentes, de: I - processar requerimento de benefício, preparando-o e instruindo-o de
maneira a ser despachado pela Previdência Social; II - submeter o requerente a exame médico, inclusive complementar,
encaminhando à Previdência Social o respectivo laudo, para efeito de
homologação e posterior concessão de benefício que depender de avaliação de
incapacidade; III - pagar benefício. Parágrafo único. O convênio poderá dispor sobre o reembolso das despesas
da empresa, do sindicato ou da entidade de aposentados devidamente legalizada,
correspondente aos serviços previstos nos incisos II e III, ajustado por valor
global conforme o número de empregados ou de associados, mediante dedução do
valor das contribuições previdenciárias a serem recolhidas pela empresa. Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio-acidente. Parágrafo único. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Art. 119. Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos,
associações de classe, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina
do Trabalho - FUNDACENTRO, órgãos públicos e outros meios, serão promovidas
regularmente instrução e formação com vistas a incrementar costumes e atitudes
prevencionistas em matéria de acidente, especialmente do trabalho. Art. 120. Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e
higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a
Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. Art. 121. O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por
acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de
outrem. Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria,
nas condições legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos
necessários à obtenção do benefício, ao segurado que, tendo completado 35 anos
de serviço, se homem, ou trinta anos, se mulher, optou por permanecer em
atividade. (Artigo restabelecido e com nova redação dada pela Lei
nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 123. (Revogado pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o
recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - mais de uma aposentadoria; (Inciso com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (Inciso acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) V - mais de um auxílio-acidente; (Inciso acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o
direito de opção pela mais vantajosa. (Inciso acrescido pela Lei n° 9.032, de 28/4/1995) Parágrafo único. É vetado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com
qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão
por morte ou auxílio-acidente. (Parágrafo único acrescido pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) TÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 125. Nenhum benefício ou serviço da Previdência Social poderá ser
criado, majorado ou estendido, sem a correspondente fonte de custeio total. Art. 125-A. Compete ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
realizar, por meio dos seus próprios agentes, quando designados, todos os atos
e procedimentos necessários à verificação do atendimento das obrigações não
tributárias impostas pela legislação previdenciária e à imposição da multa por
seu eventual descumprimento. § 1º A empresa disponibilizará a servidor designado por dirigente do INSS
os documentos necessários à comprovação de vínculo empregatício, de prestação
de serviços e de remuneração relativos a trabalhador previamente identificado. § 2º Aplica-se ao disposto neste artigo, no que couber, o art. 126 desta
Lei. § 3º O disposto neste artigo não abrange as competências atribuídas em
caráter privativo aos ocupantes do cargo de Auditor- Fiscal da Receita Federal
do Brasil previstas no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº
10.593, de 6 de dezembro de 2002. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 449, de
3/12/2008, convertida na Lei nº 11.941, de 27/5/2009) Art. 126. Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS nos
processos de interesse dos beneficiários e dos contribuintes da Seguridade
Social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social,
conforme dispuser o Regulamento. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) § 1º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.639, de 25/5/1998 e revogado a partir de 3/1/2008, de acordo com o inciso
I do art. 42 da Lei nº 11.727, de 23/6/2008) § 2º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.639, de 25/5/1998 e revogado a partir de 3/1/2008, de acordo com o inciso
I do art. 42 da Lei nº 11.727, de 23/6/2008) § 3º A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação que tenha
por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa
renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do
recurso interposto. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.711, de 20/11/1998) Art. 127. (Revogado pela Lei nº 9.711, de 20/11/1998) Art. 128. As demandas judiciais que tiverem por objeto o reajuste ou a
concessão de benefícios regulados nesta Lei cujos valores de execução não
superiores a R$ 5.180,25 (cinco mil, cento e oitenta reais e vinte e cinco
centavos) por autor poderão, por opção de cada um dos exeqüentes, ser quitadas
no prezo de até sessenta dias após a intimação do trânsito em julgado da
decisão, sem necessidade da expedição de precatório. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº
10.099, de 19/12/2000) § 1º É vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução,
de modo que o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no caput e, em parte, mediante expedição do precatório. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 2º É vedada a expedição de predicatório complementar ou suplementar do
valor pago na forma do caput. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 3º Se o valor da execução ultrapassar o estabelecimento no caput, o pagamento far-se-à sempre por meio de precatório. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 4º É facultada à parte exequente a renúncia ao crédito, no exceder ao
valor estabelecido no caput, para que possa optar pelo pagamento
do saldo sem o precatório, na forma ali prevista. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 5º A opção exercida pela parte para receber os seus créditos na forma
prevista no caput implica a renúncia do restante dos créditos
existentes e que sejam oriundos do mesmo processo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 6º O pagamento sem precatório, na forma prevista neste artigo, implica
quitação total do pedido constante da petição inicial e determina a extinção do
processo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) § 7º O disposto neste artigo não obsta a interposição de embargos à
execução por parte do INSS. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.099, de
19/12/2000) Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do
trabalho serão apreciados: I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo
as regras e prazos aplicáveis às demais prestações, com prioridade para
conclusão; e II - na via judicial, pela justiça dos Estados e do Distrito Federal,
segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, mediante
petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento à Previdência
Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT. Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste
artigo e isento do pagamento de quaisquer custas e de verbas relativas à
sucumbência. Art. 130. Na execução contra o Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, o prazo a que se refere o art. 730 do Código de Processo Civil é de
trinta dias. ("Caput" do artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) Art. 131. O Ministro da Previdência e Assistência Social poderá autorizar
o INSS a formalizar a desistência ou abster-se de propor ações e recursos em
processos judiciais sempre que a ação versar matéria sobre a qual haja declaração
de inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal - STF, súmula
ou jurisprudência consolidada do STF ou dos tribunais superiores. Parágrafo único. O Ministro da Previdência e Assistência Social
disciplinará as hipóteses em que a administração previdenciária federal,
relativamente aos créditos previdenciários baseados em dispositivo declarado
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, possa: a) abster-se de constituí-los; b) retificar o seu valor ou declará-los extintos, de ofício, quando
houverem sido constituídos anteriormente, ainda que inscritos em dívida ativa; c) formular desistência de ações de execução fiscal já ajuizadas, bem
como deixar de interpor recursos de decisões judiciais. (Artigo com redação dada pela Lei nº 9.528, de
10/12/1997) Art. 132. A formalização de desistência ou transigência judiciais, por
parte de procurador da Previdência Social, será sempre precedida da anuência,
por escrito, do Procurador-Geral do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
ou do presidente desse órgão, quando os valores em litígio ultrapassarem os
limites definidos pelo Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS. § 1º Os valores, a partir dos quais se exigirá a anuência do
Procurador-Geral ou do presidente do INSS, serão definidos periodicamente pelo
CNPS, através de resolução própria. § 2° Até que o CNPS defina os valores mencionados neste artigo, deverão
ser submetidos à anuência prévia do Procurador-Geral ou do presidente do INSS a
formalização de desistência ou transigência judiciais, quando os valores,
referentes a cada segurado considerado separadamente, superarem,
respectivamente, 10 (dez) ou 30 (trinta) vezes o teto do salário-de-benefício. Art. 133. A infração a qualquer dispositivo desta Lei,
para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita o responsável,
conforme a gravidade da infração, à multa variável de Cr$100.000,00 (cem mil
cruzeiros) a Cr$10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros). (Valor atualizado pela Portaria
MPAS nº 4.478, de 4/6/1998, a partir de 1º de junho de 1998, para, respectivamente,
R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) e R$
63.617,35 (sessenta e três mil seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco
centavos) Parágrafo único. (Revogado
pela Medida Provisória nº 449, de 3/12/2008, convertida
na Lei nº 11.941, de 27/5/2009) Art. 134. Os valores expressos em moeda corrente nesta Lei serão
reajustados nas mesmas épocas e com os mesmos índices utilizados para o
reajustamento dos valores dos benefícios. (Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº
2.187-13, de 24/8/2001) Art. 135. Os salários-de-contribuição utilizados no cálculo do valor de
benefício serão considerados respeitando-se os limites mínimo e máximo vigentes
nos meses a que se referirem. Art. 136. Ficam eliminados o menor e o maior valor-teto para cálculo do
salário-de-benefício. Art. 137. Fica extinto o Programa de Previdência Social aos Estudantes,
instituído pela Lei n° 7.004, de 24 de junho de 1982, mantendo-se o pagamento
dos benefícios de prestação continuada com data de início até a entrada em
vigor desta Lei. Art. 138. Ficam extintos os regimes de Previdência Social instituídos
pela Lei Complementar n° 11, 25 de maio de 1971, e pela Lei n° 6.260, de 6 de
novembro de 1975, sendo mantidos, com valor não inferior ao do salário-mínimo,
os benefícios concedidos até a vigência desta Lei. Parágrafo único. Para os que vinham contribuindo regularmente para os
regimes a que se refere este artigo, será contado o tempo de contribuição para
fins do Regime Geral de Previdência Social, conforme disposto no Regulamento. Art. 139. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 140. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 141. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de
julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela
Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de
serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em
que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do
benefício: (Artigo com redação dada pela Lei n° 9.032, de
28/4/1995) Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos 1991 60 meses 1992 60 meses 1993 66 meses 1994 72 meses 1995 78 meses 1996 90 meses 1997 96 meses 1998 102 meses 1999 108 meses 2000 114 meses 2001 120 meses 2002 126 meses 2003 132 meses 2004 138 meses 2005 144 meses 2006 150 meses 2007 156 meses 2008 162 meses 2009 168 meses 2010 174 meses 2011 180 meses Art. 143. O trabalhador rural, ora enquadrado como segurado obrigatório
no Regime Geral de Previdência Social, na forma da alínea a do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode requerer
aposentadoria por idade, no valor de um salário-mínimo, durante quinze anos,
contados a partir da data de vigência desta Lei, desde que comprove o exercício
de atividade rural, ainda que descontínua, no período imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência do referido
benefício. (Artigo com redação dada pela Lei n° 9.063, de
14/6/1995) (Vide art. 2º da Lei nº 11.718, de 20/6/2008) Art. 144. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
24/8/2001) Art. 145. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
24/8/2001) Art. 146. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
24/8/2001) Art. 147. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
24/8/2001) Art. 148. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 149. As prestações, e o seu financiamento, referentes aos benefícios
de ex-combatente e de ferroviário servidor público ou autárquico federal ou em
regime especial que não optou pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho,
na forma da Lei n° 6.184, de 11 de dezembro de 1974, bem como seus dependentes,
serão objeto de legislação específica. Art. 150. (Revogado pela Lei nº 10.559, de 13/11/2002) Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso
II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de
aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação
mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida
(aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada. (Artigo
com redação dada pela Lei nº 13.135, de 17/6/2015) Art. 152. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) Art. 153. O Regime Facultativo Complementar de Previdência Social será
objeto de lei especial, a ser submetida à apreciação do Congresso Nacional
dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias. Art. 154. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60
(sessenta) dias a partir da data da sua publicação. Art. 155. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 156. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da Independência e 103º da
República. FERNANDO COLLOR Antonio Magri