Panorama das Décadas

  • Década de 40

MUNDO

A década de 40 é marcada por dois acontecimentos que mudaram o mundo de maneira radical: a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. Iniciada em 1939, a Segunda Guerra Mundial, o conflito armado mais devastador da história, domina toda a primeira metade da década, com os aliados – Reino Unido, ex-União Soviética, Estados Unidos (EUA), etc. – combatendo as potências nazi-fascistas do Eixo – Alemanha, Itália e Japão. Após causar a morte de mais de 60 milhões de pessoas, a maioria civis, a guerra chega ao fim em setembro de 1945, pouco depois das explosões de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Então, a começar pelas nações do Eixo, muitas são aquelas que estão arrasadas. Para reconstruí-las, os líderes mundiais se reúnem e modelam uma nova ordem mundial que inclui a criação de organismos como o Banco Mundial (1944), o Fundo Monetário Internacional - FMI (1945), o Plano Marshall (1947) e o Conselho para Assistência Econômica Mútua - Comecon (1949). Já em substituição à Liga das Nações, é fundada em 1945 a Organização das Nações Unidas (ONU).  

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  • Década de 50

MUNDO

Caracterizada pelo conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética, países saídos da Segunda Guerra Mundial como as maiores potências do mundo, a Guerra Fria permeia a década de 50, desencadeando uma série de acontecimentos, alguns deles de grande dramaticidade, como a Guerra da Coréia. Responsável pela morte de cerca de 3,5 milhões de pessoas, o conflito coreano (1950-1953) foi a primeira das chamadas "guerras por procuração", por meio das quais as duas superpotências passaram a lutar indiretamente entre si, visto que um confronto direto fatalmente desembocaria numa guerra nuclear de proporções mundiais em que todo o planeta poderia ser destruído.    

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  • Década de 60

MUNDO

Uma série de acontecimentos, em grande parte relacionados com a Guerra Fria, revoluciona a vida dos indivíduos e das nações na década de 60. Em agosto de 1961, o governo comunista da Alemanha Oriental começa a construir o Muro de Berlim, de 3,6 metros de altura em média. O objetivo é estancar o fluxo de refugiados para o Ocidente, que à época já somavam mais de 3 milhões de pessoas. O muro é permanentemente vigiado e quem tenta trespassá-lo acaba morto ou preso. 

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  • Década de 70

MUNDO

Iniciada após a Crise dos Mísseis em Cuba (1962) com o intuito de evitar uma catástrofe mundial, a Distensão (Détente) permeia a década de 70, caracterizando-se pela redução da tensão entre a União Soviética (URSS) e os Estados Unidos (EUA) e pelo refreamento da corrida armamentista durante a Guerra Fria. Nesse sentido são assinados vários tratados, como o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (1968), tendo como signatários EUA, URSS, China, França e Reino Unido, e os acordos Salt I (1972) e Salt II (1979), mediante os quais os EUA e a URSS se comprometem a congelar seus arsenais nucleares. A Distensão, contudo, apesar de diminuir o risco de um confronto militar entre as duas superpotências, acirra a rivalidade política e ideológica, com os dois lados (em alguns casos também a China) intervindo em praticamente todas as revoluções e guerras ocorridas na década.

 Uma delas é a Guerra do Vietnã (1964-1975), em que o Vietnã do Norte e guerrilheiros comunistas do Vietnã do Sul (vietcongues) lutam contra o governo capitalista do Vietnã do Sul e os EUA. Mais de 1 milhão de vietnamitas e cerca de 47 mil estadunidenses morrem no conflito, que termina com a vitória dos comunistas e a reunificação do país. Outra é a guerra civil do Camboja, que o partido comunista Khmer Vermelho vence, para em seguida instalar um regime de terror (1975-1979) em que todos os cidadãos suspeitos de ligação com o governo anterior ou simplesmente insatisfeitos com o novo regime são exterminados.

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  • Década de 80

MUNDO

Um começo incerto e um final surpreendente marcam os anos 80. Desde 1979, ano da invasão soviética do Afeganistão, a Guerra Fria estava de volta e com ela a ameaça nuclear de novo se fazia patente, trazendo desassossego ao mundo. A tensão só começa a diminuir a partir de 1985, quando, resolvida a promover a liberalização política do regime e reduzir a sua ineficiência econômica, a União Soviética adota as políticas chamadas de Glasnost e Perestroika. As mudanças então introduzidas propiciam uma reaproximação entre as duas superpotências.

Mas não só isso. Daí em pouco, é todo o bloco socialista soviético que entra em convulsão, desencadeando-se uma série de rebeliões e secessões que não só levariam a União Soviética a perder o controle sobre os países do Leste Europeu, como também a ter a sua própria unidade federativa dissolvida. Primeira a se desligar do bloco, a Alemanha Oriental se reunifica com a Ocidental, após a queda do Muro de Berlim, o maior símbolo da Guerra Fria, em 9 de novembro de 1989. No mês seguinte, em meio a uma grande agitação popular, a Romênia abole o regime comunista. A desintegração do bloco socialista e da União Soviética se completaria em 1991, quando então termina a divisão bipolar do mundo e a Guerra Fria chega ao fim.

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