De nome científico Ficus elastica Roxb. ex Hornem., a falsa seringueira é originária da Ásia (mais especificamente da Índia, Malásia e Indonésia), mas é popularmente conhecida no Brasil como ficus italiano, devido ao fato das primeiras mudas a chegarem no pais terem sido trazidas da Itália, onde a espécie era muito usada em vasos, para a decoração de interiores. Também é conhecida como figueira branca, mas não deve ser confundida com a gameleira (Ficus doliaria), que eventualmente também recebe esse nome.

     Pode ser utilizada em vasos internos e, de acordo com o pesquisador da Nasa, B. C. Wolverton,  em seu trabalho sobre plantas que limpam o ar, é a que mais elimina toxinas químicas dos ambientes internos, entre as plantas da família Ficus até então estudadas.

Construindo pontes vivas

O povo Kahasis, que habita a vila indiana de Cherapunjee, o local da Terra com maior índice de precipitação de chuvas, tem praticado a bio-engenharia com troncos e raízes desta espécie de ficus,  construindo pontes vivas. Muitas dessas árvores crescem naturalmente nas margens dos rios e os habitantes do local guiam as raízes aéreas por sobre os cursos de água, de modo que enraízem na outra margem. À medida  em que crescem e ficam mais fortes,  as raízes se transformam em troncos e estes passam a ser usados como pontes. Algumas das pontes vivas já estão em uso há mais de 500 anos.

Na Câmara

A Câmara dos Deputados conta com cinco exemplares, todos localizados no Complexo Avançado, plantados em linha, à direita de quem entra, onde fornecem generosa sombra para os automóveis que estacionam nas proximidades. Segundo José Júnior Medeiros, servidor da Câmara aposentado desde 1997, que atuou na Casa por 34 anos, sendo 22 deles como diretor da Coordenação de Transportes, localizada na mesma área onde estão as figueiras, as árvores foram lá plantadas na primeira metade da década de 1970. “Na época, as coisas ainda não eram tão organizadas, cada um trazia uma muda e plantava. Foram das primeiras árvores plantadas no Complexo Avançado. Depois, vieram as frutíferas”, lembra Medeiros.

Características

A falsa-serigueira é uma das árvores ornamentais mais populares do mundo, sendo cultivada em praticamente toda a Terra. Existem variedade com folhas manchadas de amarelo ou castanho, mas o cultivar mais comum é o Robusta, tem a cor lisa, verde brilhante.
    
Quando cortada, derrama um látex  branco que pode ser tóxico, razão pela qual não deve ser plantada em locais onde convivem crianças e animais sem a devida supervisão. Esse látex já foi utilizado como matéria prima para a fabricação de borracha, embora não tenha a mesma abundância e qualidade do produzido pela seringueira.

A árvore cresce melhor nas regiões com boa insolação, embora resista bem à sombra. Prefere as áreas bem irrigadas, mas também tolera períodos de seca. Seus frutos são minúsculos figos esféricos, mas como a polinização de suas flores depende de uma vespa específica, que evoluiu junto com a planta, fora de seu habitat nativo os frutos são muito raros e a reprodução da planta geralmente ocorre pelo enraizamento de estacas.

Ficha da Árvore

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Moraceae
Gênero: Ficus
Sub-gênero: Urostigma
Espécie: F. eslastica
Nome comum: falsa-seringueira, ficus italiano, figueira branca, árvore da borracha, goma-elástica