O ONMP apoiou e participou da organização de duas atividades durante a Cúpula Social do G20 no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16 de novembro de 2024. A paridade entre mulheres e homens nos postos de gestão e o enfrentamento à violência política de gênero foram os temas discutidos e incluídos no documento entregue aos líderes das maiores economias mundiais.

A roda de conversa “Alinhando agendas globais: paridade de gênero e de raça como princípio de justiça social, econômica e democracia” foi organizada pelo Instituto Alziras e pelo Geledés - Instituto da Mulher Negra e reuniu as deputadas brasileiras Benedita da Silva, Coordenadora da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, e Soraya Santos, Procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, além da deputada mexicana Antares Vázquez Alatorre, Integrante do Conselho do ParlAmericas. Também participaram Michelle Ferreti, Diretora do Instituto Alziras, e Gabriel Dantas, representando o Geledés - Instituto da Mulher Negra.

Com mediação da jornalista e pesquisadora Thais Fascina, o debate resultou no “Manifesto pela Paridade de Gênero e Raça no G20” e no lançamento da campanha #G20paritário nas redes sociais. As participantes defenderam a igualdade entre mulheres e homens e uma representação política proporcional aos gêneros em todos os países. No caso brasileiro, isso significa que as mulheres deveriam ocupar, ao menos, 52% dos postos institucionais, percentual muito distante dos atuais 18% de cadeiras da Câmara dos Deputados ocupadas pelas deputadas.

Além do Observatório, também participaram da atividade representantes de ONU Mulheres, ParlAmericas, Observatório de Reformas Políticas en América Latina, Red de Politólogas e Associação Brasileira de Combate às Desigualdades.

Violência Política de Gênero

A segunda atividade com participação do Observatório e da Secretaria da Mulher na Cúpula Social do G20 foi o painel “Enfrentamento da violência de gênero: um desafio global para inclusão, igualdade e desenvolvimento sustentável”, realizado na tarde do dia 14 de novembro.

Entre os assuntos debatidos, as conexões entre a justiça climática e as violências contra as mulheres; o trabalho com os Estados na criação e no monitoramento de legislações de proteção e acolhimento às mulheres; e a distância entre  a implementação e a efetivação da legislação de proteção às mulheres em 190 países.

Com mediação de Daniela Grelin, do Instituto Avon, o debate teve a participação de Maiah Lunas, assistente de Coordenação e Incidência Política de Criola; Leila Linhares, integrante do Consórcio Lei Maria da Penha e CEPIA; Heloíse Groussard, analista jurídica de Mulheres, Empresas e o Direito do Banco Mundial; e da Coordenadora-Geral dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada Benedita da Silva.