Observatório da Mulher promove debate sobre regulamentação das eleições de 2022

O Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), órgão da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, como parte das atividades da campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, promove no próximo dia 19 de novembro um debate sobre o tema “A mulher e a regulamentação das eleições de 2022: contribuições para a redação das Resoluções do TSE”. O debate integra a série “Diálogos & Estudos da Política”, promovida pelo eixo de pesquisa em atuação partidária e processos eleitorais.
11/11/2021 16h50

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Observatório da Mulher promove debate sobre regulamentação das eleições de 2022

Debate sobre mulheres e resoluções do TSE para eleições 2022

Nos dias 22 e 23 de novembro próximo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) executará mais uma etapa do “Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022”, com a realização de audiências públicas nas quais receberá sugestões para o aperfeiçoamento das minutas de resoluções a serem aprovadas pelo Plenário do Tribunal para as eleições do próximo ano. Aberto a representantes de partidos políticos, do Ministério Público Eleitoral (MPE), de organizações civis e da sociedade em geral, o ciclo de audiências abrangerá temas como prestação de contas, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), propaganda eleitoral, pesquisas eleitorais, auditoria, registro de candidaturas, representações, atos gerais e totalização de resultados.

Participação da Câmara - A bancada feminina da Câmara dos Deputados tem atuado diretamente em ações e contribuições para o aperfeiçoamento do processo legislativo brasileiro. “O Brasil e o mundo estão cada vez mais abertos ao debate para fortalecer a participação política das mulheres e a construção de uma agenda de governabilidade mais equitativa, especialmente no âmbito local", afirma a coordenadora da bancada feminina, deputada Celina Leão (PP-DF).

Segundo a coordenadora do eixo de pesquisa em atuação partidária e processos eleitorais do Observatório, deputada Margarete Coelho (PP-PI), "é  essencial esclarecer e difundir conceitos e temas chaves do fazer político, com vistas a apoiar e capacitar as estruturas de organismos comprometidos com a igualdade, aprofundamento democrático e o desenvolvimento humano, daí a importância dos temas debatidos por meio do Observatório Nacional da Mulher na Política no âmbito do Poder Legislativo".

Foi por este motivo que a Secretaria da Mulher decidiu fortalecer e qualificar sua participação, convidando para este debate representantes de instituições públicas e privadas, advogadas e advogados, pesquisadores, representantes de partidos políticos e demais interessados para que façam suas contribuições, que serão sistematizadas e encaminhadas ao Tribunal. “Este pode ser um momento privilegiado para debater as lacunas da regulamentação legal e formas de superá-las”, declara a procuradora da Mulher da Câmara, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), lembrando, ainda, que importantes legislações entraram em vigor este ano, relacionadas à ampliação da participação da mulher e o combate à violência de gênero na política. As minutas das Resoluções foram disponibilizadas pelo TSE no dia 8/11, podendo ser consultadas em: https://bit.ly/3koCQU7

Contexto legal - Em 2022, haverá mudanças nas regras do período eleitoral. Entrará em vigor, por exemplo, a contagem em dobro dos votos recebidos por mulheres e negros nas eleições para a Câmara dos Deputados para fins de distribuição, entre os partidos políticos, dos recursos dos Fundos Partidário e do Fundo Eleitoral, de acordo com a Emenda Constitucional nº 111, de 28 de setembro de 2021.

No último semestre também foram sancionadas duas leis sobre violência política contra a mulher: a Lei nº 14.192, de 4 de agosto de 2021, e a Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, que podem demandar manifestações da Corte Eleitoral sobre o fluxo e os procedimentos desses novos temas. Além disso, estão em vigor os avanços trazidos pelas decisões do STF (Ação Direta de Inconstitucionalidade/ADI-5617) e do TSE (Consultas nº 060025218.2018.6000000 e nº 0600306-47.2019.6.00.0000), as quais, em sua implementação, apresentam conquistas que merecem ser incluídas nas resoluções para as próximas eleições.

Metodologia do debate – As contribuições oriundas do debate promovido pelo Observatório serão organizadas da seguinte forma: no dia 19 de novembro, o debate buscará acolher sugestões às minutas de resoluções publicadas pelo TSE, que serão levadas pela bancada feminina ao “Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022”, a ser promovido pelo Tribunal. As entidades, pesquisadoras, advogadas e outras participantes que atuem no processo de ampliação da participação feminina na política poderão se inscrever para até 10 minutos de fala durante a reunião, que será transmitida pelos órgãos de comunicação da Câmara dos Deputados.

O evento será em formato híbrido (com participação presencial e on-line), em função das medidas sanitárias impostas por conta da pandemia de Covid-19. Todas as participações deverão estar relacionadas a contribuições para as minutas de resolução, com especial foco nas questões que impactam a participação da mulher na política, indicando, preferencialmente, o trecho que deve ser alterado ou o local onde deve ser incluída a sugestão. Só terão direito à fala participantes com inscrição prévia e envio da sugestão por escrito, de modo a garantir a correta sistematização das propostas para apresentação às deputadas.

As inscrições poderão ser realizadas até o dia anterior ao evento (18/11) pelo endereço eletrônico: secretariadamulher@camara.leg.br indicando nome, mini currículo, entidade que representa (se for o caso), telefone e endereço eletrônico de contato.

O Observatório - O Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP) foi criado em junho de 2021 com o objetivo de investigar, monitorar e centralizar estudos, pesquisas e indicadores sobre a atuação política de mulheres em âmbito federal, estadual e municipal. As agendas de pesquisa são definidas por um conjunto de deputadas federais e estaduais, pesquisadoras e representantes de organizações parceiras. As pesquisas são conduzidas a partir de três eixos: violência política contra a mulher; atuação parlamentar e representatividade feminina; e atuação partidária e processos eleitorais.

 

11/11/2021 - Ascom - Secretaria da Mulher