Dica do servidor: minha horta sustentável
O EcoCâmara que saber que outras medidas os servidores da Casa tomam em seu dia-a-dia para proteger o meio ambiente. Escreva para ecocamara@camara.gov.br e nos conte o que vem fazendo no lar ou no trabalho em prol do planeta em que vivemos.
Leia, a seguir, o relato de Juarez e lembre-se de que pequenas ações podem fazer uma grande diferença:
“Tenho horta desde que me mudei para minha atual casa na região de Sobradinho (DF), há 13 anos. No início eram só canteiros no chão, mas tínhamos um filhote de pastor branco que adorava destruí-los. Então lembrei que em minha infância rural em Goiás a minha mãe tinha uns canteiros de cheiro-verde que eram suspensos. Como tinha uns pneus velhos guardados, decidi fazer alguns utilizando-os. Com isso, resolvi o problema do cachorro que destruía canteiros e ainda dei uma destinação nobre para os pneus inservíveis. Como deu certo, fui aumentando o número de canteiros e hoje já são cerca de são 20 pneus utilizados, todos produzindo muito bem e em pequeno espaço".
Compartilhando a experiência
"Os vizinhos começam a prestar atenção nisso e costumam ir lá em casa ver como é que funciona, como é feito e alguns replicam a iniciativa em suas casas. Agora mesmo estou ajudando dois casais de amigos a construírem suas próprias hortas a partir de pneus velhos e outras "vasilhas". Eu procuro mostrar que é possível produzir a maioria das hortaliças conhecidas em lugares bem surpreendentes e inusitados como vasos, latas, sacolas de supermercado, caixinhas de leite longa vida, calhas de lâmpada fluorescente, garrafas pet, pneus etc. E que, com isso, podemos produzir alimentos seguros com criatividade, em pequenos espaços e ainda deixamos de mandar parte do nosso resíduo para os lixões e aterros sanitários, ajudando a cuidar do Planeta, o que é muito gratificante!
Também já fui chamado para dar oficinas de hortas em pequenos espaços em igrejas e em comunidades carentes, como em um bairro periférico de Luziânia chamado Itapoã, além das casas de amigos que reúnem outros amigos para participarem.
Minha horta é orgânica e muitas das práticas de manejo sustentável que adoto nela foram aprendidas ou aperfeiçoadas aqui na Câmara, em oficinas do Ecocâmara. Entre as coisas que aprendi aqui está a produção de composto orgânico e como proteger as plantas das pragas sem usar veneno. Como a produção é sempre maior do que a capacidade de consumo da minha família, de vez em quando trago parte da produção para compartilhar com os colegas de trabalho.
Sei que aqui na Câmara também tem muita gente inventando ou adotando idéias sustentáveis. Lá em casa também procuramos contribuir. Peço permissão para mostrar algumas fotos da nossa horta. Tudo foi feito por mim, com a ajuda da Lu e dos nossos filhos. Ninguém é artista, mas boa vontade a gente tem. Hoje, em nosso quintal, temos umas 20 espécies de hortaliças e frutas, além de flores, passarinhos, minhocas, joaninhas, abelhas...
Espero que gostem!
A Horta
Pneu inservível, garrafão de água e garrafa pet não precisam ir para o lixo. Podem virar canteiro de alface, rúcula, cebolinha, cenoura, morango... não foi difícil de fazer e acho que até ficou bonito, não é mesmo?
Fizemos mais de 50 plaquinhas como as ao lado para identificar as plantas da horta. Foi fácil brincar de recortar o alumínio de latinhas de refrigerante que arrumei aqui no corredor do meu andar no Anexo IV. Para as hastes, reaproveitamos raios inservíveis de roda de bicicleta;
Para fazer as pequenas estufas ao lado, reaproveitamos duas churrasqueiras velhas, daquelas feitas com metades de tambor. Ficaram enferrujadas, os vizinhos mandaram para o lixo: catamos, pintamos, cobrimos e reaproveitamos. São muito úteis no outono e inverno, quando as sementes ficam com "preguiça" de germinar;
Os copinhos usados eu os cato nos cestos de resíduos plásticos da Câmara ou da igreja. São ótimos e podem ser reutilizados muitas vezes...
Quando pintamos a casa, as latinhas desocupadas de tinta não foram para o lixo. Olha o que viraram depois que demos uma repaginada nelas!
A tábua velha também poderia ter ido para o entulho. Depois de lixada e cortada com a tico-tico virou suporte de ferramentas (e observem que algumas das ferramentas fomos nós que fizemos também"!
Aqui está uma das composteiras lá de casa (temos três) e o produto final, que é o composto orgânico. Todas as folhas e sobras de poda vão para elas e em uns três meses viram adubo, que vira comida de planta que vira comida de gente, como o milho, o alface, a mostarda e os morangos abaixo:
Abraços,
Juarez Martins”