A interface entre Ciência de Dados e participação feminina na política será tema de debate que o Laboratório Hacker (LABHacker) da Câmara dos Deputados promove nesta sexta-feira (30/06). O LabTalks será transmitido ao vivo a partir das 10 horas pelo canal do YouTube. Para falar sobre o tema, foram convidados Ana Claudia Oliveira, coordenadora-geral de pesquisa do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), órgão da Secretaria da Mulher, e Marcus Chevitarese, analista de informática legislativa e pesquisador pleno junto ao ONMP.  

Durante o debate, Ana Cláudia vai explicar a atuação do ONMP e as principais sondagens já realizadas. Ela também vai explorar a mudança de paradigma necessária para impactar a vida das mulheres. Já Chevitarese vai apresentar o papel dos dados como fiscalizador da legislação, explicar o uso e funcionamento de painéis de dados e como podem ser acessados para pesquisas. O objetivo é mostrar como é possível analisar dados eleitorais e do financiamento de campanhas. 

Painéis interativos - O Observatório tem por objetivo produzir e disseminar conhecimentos sobre a atuação política de mulheres no Brasil, a fim de fortalecer o protagonismo feminino. É responsável pelo acompanhamento da atuação e representatividade feminina no poder legislativo. Com o uso das informações, é possível propor políticas públicas baseadas na realidade das mulheres e do sistema político e eleitoral do País. Para apoiar as pesquisas, em 2022 foram desenvolvidos painéis de monitoramento eleitoral pela Diretoria de Inovação e Tecnologia da Informação (Ditec).

Com formato dinâmico, os painéis são de fácil acesso e podem ser consultados por profissionais, pesquisadores e interessados no assunto. As informações referentes às eleições gerais e municipais entre os anos 2010 e 2022 foram extraídas da base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao cruzar e analisar os dados, a sociedade tem acesso direto a indicadores sobre todas as candidaturas, além de informações sobre normas eleitorais. 

Eliminação da Violência Política contra a mulher - Ainda durante o LabTalks, os convidados vão apresentar como o painel pode ser usado para revelar a violência política sofrida pelas mulheres que se candidataram a cargos no legislativo e como os dados podem auxiliar no combate à violência contra a mulher. No Brasil, o direito ao voto só foi conquistado pelas mulheres em 1932. Apenas em 2021, a lei de combate à violência política contra a mulher foi aprovada.

Mesmo com os avanços, a violência contra a mulher ainda persiste. Atualmente, o cenário político continua com a sub-representação feminina: as deputadas eleitas em 2022 representam menos de 18% da Câmara dos Deputados. Com as diversas pesquisas em andamento no ONMP, será possível propor mudanças nas leis e reconhecer as prioridades para proteger as brasileiras.

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Com informações do LABHacker