Sustentabilidade em Edificações Públicas: Entraves e Perspectivas

06/04/2010 17h00

A preocupação com a sustentabilidade está presente em todas as formas de produção e consumo. No caso da produção do espaço não é diferente. A sustentabilidade urbana depende de ações em várias escalas e no caso das edificações, em particular, é preciso incorporar seus conceitos, princípios e diretrizes ainda na fase de projetos. A indústria da construção, se por um lado é uma das principais responsáveis pelas ações de impacto sócio-ambiental, é também um segmento que tem um grande potencial de contribuição na área.

Assim, motivados pelo objetivo de apresentar um breve panorama e análise crítica sobre alguns dos caminhos que estão sendo seguidos pela Administração Pública na tentativa de tornar suas edificações mais sustentáveis, um grupo de pesquisa composto por seis servidores da Câmara deram início à avaliação da legislação federal existente e em tramitação, discutindo sua aplicabilidade e, principalmente, suas limitações.

O artigo “Sustentabilidade em Edificações Públicas: Entraves e Perspectivas” discute ao longo da análise a questão da ”onda verde”, que se refere ao modismo em torno dos ”selos ambientais” de edificações e sua repercussão na arquitetura; relata um breve histórico da formação da agenda ambiental da Administração Pública e da Rede A3P, classificando e avaliando as ações já desenvolvidas pelas instituições governamentais, e finalmente aborda o tema dos concursos de projetos de arquitetura, que, aos olhos dos autores, assumem importante papel para viabilizar a sustentabilidade em edificações públicas.

 

A relevância do tema

 

De acordo com o relatório do UNEP (United Nations Environment Programme), publicado em março de 2007, uma boa arquitetura e a economia de energia em prédios poderiam fazer mais pelo combate ao aquecimento global do que todas as restrições de emissão de gases de efeito estufa definidas no Protocolo de Kyoto. Ainda de acordo com o relatório, “o uso mais eficiente de concreto, metais e madeira na construção e um menor consumo de energia em itens como ar-condicionado e iluminação em casas e escritórios poderiam economizar bilhões de dólares em um setor responsável por de 30% a 40% do consumo mundial de energia”. Em resumo, decisões corretas na fase projetual podem resultar em edificações com menor impacto ambiental e conseqüentemente maior sustentabilidade.

Conheça a íntegra do estudo “Sustentabilidade em Edificações Públicas: Entraves e Perspectivas