Biografia Tancredo Neves
BIOGRAFIA TANCREDO NEVES - PSD/MG
TANCREDO de Almeida NEVES
Deputado Federal nas Legislaturas 1951-1955, 1963-1967, 1967-1971, 1971-1975 e 1975-1979; Senador 1979-1983.
Nasceu em 4 de março de 1910, em São João del Rei, Minas Gerais. Advogado, industrial e administrador. Vereador (o mais votado) e Presidente da Câmara Municipal de São João del Rei pelo Partido Progressista de 1935 a 1937. Eleito Deputado Estadual (1947-1951) pelo Partido Social Democrático (PSD), foi o Relator da Constituição mineira de 1947, tornando-se depois Líder da Oposição na Assembléia Legislativa. Foi Deputado Federal em cinco legislaturas. Na primeira delas, após exercer a Liderança da bancada mineira do PSD, licenciou-se para assumir o Ministério da Justiça do Governo Getúlio Vargas, o qual chefiou de junho de 1953 a agosto de 1954, tendo passado pela grave crise política que levou Vargas ao suicídio. Em seguida, foi Diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1955-1956) e do Banco do Brasil (1956-1958), além de Secretário de Finanças de Minas Gerais (1958-1960) e Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (1960-1961). Candidatou-se ao Governo de Minas em 1960. Voltou à cena nacional como Primeiro-Ministro no período parlamentarista do Governo João Goulart, cargo que exerceu de 7 de setembro de 1961 a 26 de junho de 1962. Nesse ano, elegeu-se para o seu segundo mandato de Deputado Federal, vindo a atuar como Líder da Maioria na Câmara. Pela legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi reeleito em 1966, 1970 e 1974. Eleito Senador em 1978, fundou o Partido Popular (PP) em 1980, tornando-se seu Presidente. Em 1982, foi eleito Governador de Minas Gerais pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), ao qual o PP se fundira. Renunciou ao Governo estadual em agosto de 1984 para disputar a Presidência da República pelo Colégio Eleitoral, em janeiro de 1985. Venceu a eleição, a primeira realizada democraticamente após 21 anos de regime militar, mas adoeceu gravemente na véspera da posse, e sua agonia e morte, esta ocorrida em 21 de abril de 1985, causaram comoção nacional. Mesmo sem nunca ter tomado posse, é oficialmente reconhecido (Lei no 7.465, de 21 de abril de 1986) como um dos ex-Presidentes do Brasil.