Parlamento Jovem Brasileiro 2004

Integrante do primeiro grupo do Parlamento Jovem Brasileiro, em 2004, João Martim diz que o encontro mudou sua visão sobre a política. "Com o Parlamento percebi que a democracia brasileira é possível de ser exercida e alcançar a todos sem barreiras. Isso só é possível com pessoas comprometidas e com seriedade. Aprendi muito. Na época, não sabia o que cursar na universidade, e o parlamento foi decisivo para escolher o curso de Direito", diz.

A edição de 2004 foi a primeira do programa e trouxe à CD um grupo de 78 estudantes do 3º ano do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas de todo Brasil, selecionados pelas secretarias de educação estaduais de suas UF.

A iniciativa de institucionalizar o Parlamento Jovem Brasileiro foi ideia do então Deputado Federal Lobbe Neto (PSDB-SP), com o objetivo de mostrar aos jovens como é a prática do trabalho do parlamentar, numa simulação das principais atividades legislativas.

O então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, presidiu a diplomação e destacou a importância de os jovens terem a experiência do dia-a-dia da Câmara dos Deputados.

"Os estudantes terão a oportunidade de ver o cotidiano de uma instituição que tem na democracia o seu alicerce", disse.

Durante a semana vivencial, que aconteceu entre 07 a 10 de dezembro, os jovens seguiram a rotina dos parlamentares: formaram chapas, elegeram a mesa diretora, elaboraram pautas, reuniram-se em comissões e atuaram nas sessões deliberativas. Realizaram, de fato, atividades dos Deputados Federais.

Lígia Lopes Gomes era aluna de uma escola pública de São Caetano, no ABC Paulista, e apresentou uma proposta para incentivar a prestação de serviços comunitários pelos estudantes. Ela avalia que conhecer o Parlamento é um passo importante para estimular a participação política da juventude.

"Os jovens têm como fazer alguma coisa e ajudar também a criar um país com a nossa cara", disse.

Como presidente da Mesa Diretora do PJB 2004, o estudante Antônio José Daniel (Valença, BA) considerou a experiência inesquecível. A participação despertou nele mais interesse pela política e pelo exercício da cidadania. "Nós estamos aprendendo como é o processo legislativo. E isso, com certeza, está abrindo os olhos de muitos que não tinham desejo de entrar no meio político. É uma experiência inédita que todos devemos aproveitar", avaliou o estudante.