A Coleta Seletiva na Câmara dos Deputados
O Ecocâmara nasceu da sensibilização dos servidores da Casa com a situação dos catadores que recolhiam o resíduo de baixa qualidade da Câmara dos Deputados. A iniciativa foi o primeiro projeto da Assessoria de Projetos e Gestão Estratégica (Aproge). Com a implantação da Coleta Seletiva e com a assinatura pioneira de contrato com uma cooperativa de catadores, teve início o Serviço de Sustentabilidade, que em 2023 completa 20 anos. O projeto apresenta ótimos resultados a cada ano, incrementando significativamente a renda dos catadores com a melhora do resíduo que é resultante da coleta seletiva. A Casa desde então, vem acrescentando diversas realizações sustentáveis em seus variados setores, sem abandonar a visão solidária de seu projeto inicial.
Perguntas e Respostas sobre a Coleta Seletiva
Por que mudar?
Com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), fica obrigada a realização da coleta seletiva em todo o Brasil. Já o Decreto nº 5.940/2006, determina que os catadores são parceiros da administração pública no recebimento dos recicláveis.
Além disso, a coleta seletiva foi estabelecida como diretriz e objetivo da Política Socioambiental da Câmara dos Deputados e também é uma exigência do novo Plano de Gerenciamento de Resíduos da Casa.
Para tornar mais eficiente o processo de recolhimento e descarte de resíduo, foi preciso melhorar o sistema de coleta seletiva. Daí a mudança.
Qual a importância de fazer a coleta seletiva?
A coleta seletiva traz benefícios para a sociedade, economia e meio ambiente. Esta ação gera renda para as associações e cooperativas de catadores, incentiva a indústria da reciclagem e previne a poluição do solo, ar e água, além de aumentar a vida útil dos aterros. Mesmo os resíduos perigosos ou de difícil reciclagem podem ser descartados nas dependências da Casa. O Ecocâmara disponibiliza coletores especiais para esses produtos nas Praças da Logística Reversa, situadas no subsolo do anexo III e no Cefor.
Como separar os resíduos?
Não há mais coletores individuais. A fim de otimizar a separação dos resíduos, cada módulo/sala conta com um conjunto de 3 coletores. O conjunto tem um lugar fixo com adesivos na parede que indicam a sua disposição e a destinação adequada de cada tipo de resíduo.
O coletor azul é reservado para o descarte de papel, o coletor em vermelho para plástico + recicláveis e o coletor em cinza para orgânico + não reciclável. O adesivo correspondente na parede traz a lista do que pode ser descartado em cada um.
Os encarregados da limpeza recolhem separadamente o conteúdo dos 3 coletores. Os sacos vermelhos (plástico) e azuis (papel) são levados para a cooperativa de catadores que os recolhem no pátio situado atrás da biblioteca. Os sacos pretos (orgânico + não reciclável) são depositados nas caçambas e recolhidos pelo Serviço de Limpeza Pública - SLU.
O que exatamente pode ser descartado no coletor azul, para papel*?
Folhas A4, livros, jornais, revistas, pastas, envelopes, cartões, cartilhas, panfletos, folders, cartazes, catálogos, convites, separatas, papelão, embalagens e sacolas de papel, calendários, impressos em geral, papel kraft e seus derivados, bobinas de fitas adesivas, etc.
*Certifique-se de que os papéis não contenham gordura antes de descartá-los.
O que exatamente pode ser descartado no coletor vermelho, para plástico + recicláveis* ?
Copos, pratos e talheres descartáveis, garrafas de água e refrigerante, embalagens plásticas em geral, embalagens metalizadas ou plásticas de balas/biscoito/salgadinhos, isopores, banners, sacos e sacolas, crachás, cartões de crédito, pastas, recipientes e embalagens longa vida. Por uma questão de logística, no sistema de coleta seletiva da Câmara, as latas de alumínio também entram aqui.
*Lembre-se: antes de serem descartadas, todas as embalagens e recipientes devem ser esvaziados e o resíduo orgânico deve ser depositado no coletor de orgânico + não reciclável.
O que exatamente pode ser descartado no coletor cinza, para orgânico + não reciclável?
Toalhas de papel, guardanapos, papel higiênico, palitos, quentinhas de alumínio, restos de alimentos, chicletes, fotografias, papéis tipo vegetal, carbono, parafinado e plastificado, papel engordurado, cabelos, canetas, materiais têxteis (tecido, couro, corino, curvim e outros, se não forem reaproveitáveis), fitas adesivas, clipes inutilizados, grampos, esponjas, palhas de aço, espumas, enchimento acrílico, pregos, tachinhas, luvas, máscaras, colas, cosméticos, resto de cera, papel de cera, sabões, sabonetes, algodão, lixa de unhas, borrachas, parafina, pincel, corda, restos de lixa, cavaco de metal, tubo de silicone, chaves e fechaduras inservíveis, carretéis, adesivo, pedaços de flanelas, panos de limpeza e trapos, etc.
O que fazer quando o plástico que descartamos está sujo de alimentos ou bebidas (como um copo melado de café ou de suco, por exemplo)?
Nessa hora, deve entrar o bom senso: jogar os restos de alimento no cesto de orgânicos e os líquidos, em um local adequado. Mas e se não der para limpar tudo? E se ficar melado de café, de chocolate quente, de suco? Não tem problema. Você pode jogar no cesto de plástico, desde que esteja seguro de que não jogou material orgânico – restos de comida e líquidos – capaz de sujar naquele cesto os outros materiais que já estão limpos. Em outras palavras, não há problema jogar no cesto de plásticos um copo apenas melado de suco, de café ou talheres descartáveis (eles serão limpos antes da reciclagem), mas não se deve jogar um copo com água, suco, café, saquinho de chá, ou um recipiente de plástico com comida, pois irá sujar todo o material limpo que já está naquele cesto.
As embalagens metalizadas, como a de alguns biscoitos e bombons, são recicláveis?
Sim. Com o avanço tecnológico, as cooperativas estão recolhendo essas embalagens para encaminhar à reciclagem.
O isopor é reciclável?
Sim. As embalagens do usuários podem ser descartadas no coletor que fica na Praça da Logística Reversa (Subsolo do Anexo III ou no Cefor). Quanto ao isopor de embalagens de computadores e impressoras adquiridos pela Câmara, devem ser devolvidos para a empresa que forneceu as máquinas. Portanto, deixem que os técnicos recolham os isopores.
É verdade que não se deve amassar o papel?
O papel picotado ou amassado tem o mesmo valor para a cooperativa de catadores. Mesmo se apresentar alguma sujidade ou estiver um pouquinho molhado na ponta, não tem problema. O que se deve ter em consideração é o cuidado de não sujar o material limpo que já está naquele cesto ou coletor.
Onde descarto papel alumínio, quentinhas de alumínio e tampas de iogurte?
Esses materiais são recicláveis, logo, devem ir para o coletor vermelho (plástico + reciclável).
Os coletores precisam ter saco plástico?
O coletor de papel não precisa de saco plástico por se tratar de um resíduo seco. Caso o recipiente esteja sujo, será lavado sempre que necessário. O recolhimento pela equipe da limpeza deverá ser efetuado em sacos com cores correspondentes às dos coletores.
Já vimos o pessoal recolher tudo no mesmo saco... O que jogamos nas lixeiras realmente é coletado separadamente?
As equipes da limpeza dos Anexos estão sendo orientadas pelo EcoCâmara e pela Caedi/Detec. Os colaboradores estão participando de bate-papos sobre o projeto de revitalização da coleta seletiva.
Onde descartar CDs, DVDs e produtos eletroeletrônicos?
Podem ser descartados no coletor de eletroeletrônicos situado na Praça da Logística Reversa (Subsolo do Anexo III ou Cefor).
Adianta eu fazer a separação correta se os demais colegas não fazem?
Sim. É educativo para os outros verem você fazendo e toda contribuição ajuda o catador.
Quando o material a ser descartado tem vários componentes – como metal, papel, vidro – e não é possível destacar esses elementos, onde jogo?
Existem materiais formados de diversos elementos que são recicláveis, como as embalagens longa-vida, pois há uma tecnologia que separa os materiais para reciclagem. Você pode jogá-los no coletor de plástico + reciclável. Os catadores os encaminharão para reciclagem.
Também há coleta seletiva nas copas?
Sim. As mesmas regras se aplicam. Os coletores existentes nas copas são os de “orgânico + não reciclável” e de “plástico + lata de alumínio”. Ambos deverão ter saco plástico, preto e vermelho, respectivamente. Há, também, um coletor específico para borra de café.
E o material que não está na lista dos coletores?
Alguns materiais não podem ser descartados nos coletores comuns:
- Vidros e louças – acionar os encarregados pela limpeza que recolherão e encaminharão os resíduos para coletores próprios;
- Pilhas, baterias e eletroeletrônicos – o EcoCâmara disponibiliza coletores nas Praças de Logística Reversa localizadas no Subsolo do Anexo III e no Cefor;
- Lâmpadas geradas na Câmara – as lâmpadas devem ser recolhidas pelo pessoal responsável que se encarregará de fazer o descarte adequado. As lâmpadas de casa poderão ser descartadas num container da CEB na 508 sul ou em alguns supermercados;
- Medicamentos – Existe um coletor na Praça de Logística Reversa no Subsolo do Anexo III, mas esse tipo de resíduo deve ser levado até uma loja da rede de farmácias DROGASIL que faz o recolhimento. Mais informações em: https://www.descarteconsciente.com.br
- Pontas de cigarro – devem ser depositadas somente nos coletores específicos dos fumódromos que serão recolhidas em separado, pois possuem substâncias tóxicas;
- Borra de café – é separado nas copas para ser utilizada na compostagem realizada no viveiro de plantas da Câmara;
- Resíduos químicos e material de construção civil - devem ser recolhidos pelo pessoal responsável que se encarregará de fazer o descarte adequado;
- Isopor de eletroeletrônicos - devem ser devolvidos para a empresa que forneceu as máquinas para a Câmara, portanto, quando houver troca de computadores ou impressoras, deixem que os técnicos os recolham.
O que fazer com materiais em bom estado que podem ser reaproveitados em outro setor da Casa?
O EcoCâmara recebe e encaminha materiais como livros, revistas, pastas AZ, pastas suspensas, caixas arquivo, carimbos de madeira, cartazes, tubos de banners, produtos gráficos personalizados (cartões e pastas de deputados), papel com uma face em branco, clipes, etc.