Viveiro de Plantas da Câmara aberto para visitação
O objetivo do programa é que os visitantes conheçam um pouco do trabalho que é realizado pela Seção de Manutenção de Jardins (Semaj) no viveiro. Ali se produz grande parte dos insumos para o paisagismo da Câmara, como 100% dos compostos e defensivos utilizados para adubar a terra e combater pragas, assim como 80% das mudas de plantas de todos os tipos que enfeitam o interior do complexo arquitetônico da Câmara e os 210 mil m² de áreas verdes sob sua responsabilidade.
Durante a visita, os presentes podem conhecer ou saber mais sobre as boas práticas da Semaj, como o reaproveitamento de materiais, a preferência por espécies do cerrado, a compostagem de resíduos, o incentivo à biodiversidade, a não-utilização de defensivos químicos, a adoção de medidas para economizar água e proteger o solo e os cuidados com a segurança no trabalho, entre muitos outros itens.
O conteúdo e o tempo de duração da visita serão variáveis de acordo com o perfil e o tipo de interesse da pessoa, em caso de visitas individuais, ou do grupo, nas coletivas.
A visitação ao viveiro busca também estabelecer um canal de comunicação com a Semaj, de modo que os visitantes posam tirar dúvidas e fazer sugestões, críticas e elogios. Um livro de notas para tal fim já está disponível no local.
A ideia da visitação mensal ao Viveiro da Câmara surgiu devido ao grande sucesso de iniciativa semelhante realizada durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). No primeiro dia de visitação regular, 2 de setembro, a aprovação à iniciativa continuou alta. A servidora Maria Auxiliadora Leal fez questão de elogiar jardineiros e os organizadores da visita: “Fiquei extasiada pela beleza produzida nos bastidores a partir de habilidosas e carinhosas mãos, no trato com as mais diversas espécies , a atenção que tiveram em nos receber e explicar sobre o a atividade de embelezamento da Casa que nos acolhe e recebe a todos os brasileiros. Parabéns pela iniciativa! Estou feliz por ter visitado o paraíso dentro desta Casa”, declarou.
O programa será um dos enviados este ano pelo Comitê de Gestão ambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara) para o plano de trabalho que constará do Termo Aditivo da A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública), projeto desenvolvido no Ministério do Meio Ambiente desde 1999, que tem como objetivo estimular a adoção de critérios socioambientais na gestão dos órgãos públicos, visando minimizar ou eliminar o impacto ao meio ambiente de suas práticas administrativas e operacionais.
Aqueles que visitam o viveiro recebem mudas e sementes de espécies nativas do cerrado. Rachel Osório, chefe da Semaj e coordenadora da área temática Áreas Verde e Proteção à Fauna, do EcoCâmara, esclarece que as sementes não precisam necessariamente ser plantadas com cuidados especiais. “A ideia é que as pessoas joguem essas sementes em qualquer área onde elas tenham alguma chance de se desenvolver, dispersando-as como modo de auxiliar a recomposição da cobertura vegetal do Distrito Federal, em um trabalho de semeadura semelhante ao que os passarinhos já fazem”, explica Rachel.