Substituição de garrafas plásticas por filtros de água tem aprovação dos servidores

A substituição das garrafas PET de água mineral por filtros de água e jarras de metal, em implantação na Câmara desde outubro do ano passado, por iniciativa do Serviço de instalações (Sinst) , vem sendo bem aceita pelos servidores da Casa. Segundo pesquisa realizada recentemente, os filtros contam com uma aprovação de 78%, enquanto a troca das garrafas plásticas pelas jarras é aprovada por 82% dos usuários. A pesquisa foi uma iniciativa da Seção de Acompanhamento e Distribuição e da Seção de Administração do Anexo I, o primeiro dos edifícios da Câmara a ter todas as copas equipadas com os filtros.
14/12/2010 12h50

Fotos: David Ribeiro

Substituição de garrafas plásticas por filtros de água tem aprovação dos servidores

Rômulo Lima Câmara, diretor da Coordenação de  Administração de Edifícios (Caedi) e coordenador da área temática Coleta Seletiva e Responsabilidade Social do Comitê de Gestão Socioambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara), diz que, pelos resultados, deu para perceber claramente que o servidor da Casa aderiu e gostou da iniciativa. Rômulo Câmara

Segundo ele, quando alguma resistência ainda é encontrada, o fato se dá principalmente entre os servidores terceirizados, que muitas vezes não acompanham a evolução das práticas ambientais da Casa. “Agora, faremos um trabalho específico, voltado para a sensibilização e o esclarecimento desse público”. 

Roberto Moreira da Costa, chefe do Serviço de Instalações (Sinst) da Câmara e coordenador da área temática Novas Tecnologias Hídricas e Energéticas do EcoCâmara,  conta que a iniciativa é apenas "mais uma medida da Câmara no sentido de combater a cultura do desperdício, como diversas que vêm sendo tomadas. Apenas na gestão de recursos hídricos, podemos citar a instalação de torneiras e sanitários com dispositivos economizadores, a adoção da ecolavagem de automóveis, o reaproveitamento da água dos desumidificadores e mudanças no manejo do espelho d’água - que agora é tratado como uma piscina, economizado 17,5 milhões de litros por ano -  entre muitas outras”, afirmou.


Capacitação


Maria Inês CustódioMaria Inês Custódio, chefe da Seção de Administração de Copas (Sacop) ressalta a importância do treinamento das copeiras para o bom funcionamento da novidade. Segundo ela, a capacitação do pessoal tem sido uma preocupação permanente.

Em outubro deste ano, um curso de aperfeiçoamento, em parceria com o Senac, começou a ser oferecido para  todas as copeiras da Casa. O pessoal foi dividido em sete turmas e até janeiro de 2011 todas as profissionais já estarão capacitadas. Além disso,  um treinamento específico sobre as técnicas corretas a serem utilizadas com os filtros e jarras é oferecido sempre que um setor vai passar pela substituição das garrafas PETJarra de água.

Segundo Maria Inês,  a resistência inicial da equipe às mudanças já foi superada, em grande parte pela  crescente conscientização ambiental, e deu lugar à colaboração coletiva. “As copeiras já estão, inclusive, usando a criatividade para criar rotinas próprias, visando a uma melhor adaptação e organização dos procedimentos”, conta ela.

Sustentabilidade, economia e água de qualidade

 A Coordenação de Administração de Edifícios (Caedi) e a Coordenação de Arquitetura e Engenharia (Caeng), ambas do Departamento Técnico (Detec), iniciaram o processo substituição das garrafas de água mineral por filtros e jarras metálicas em outubro do ano passado, em função das novas diretrizes relacionadas à preservação do meio ambiente e à redução de custos da Câmara.

Além de reduzir o impacto ambiental das atividades da Casa,  a medida gera economia de recursos financeiros como benefício adicional, uma vez que o preço por litro da água filtrada é significativamente menor, sem falar nos custos de armazenamento e distribuição interna das antigas garrafas de 1,5 litros. Aos poucos, todos os edifícios da Casa receberão os filtros e as jarras.

Milhares de garrafas plásticas vem deixando de ser utilizadas mensalmente devido à iniciativa, o que não só diminui a quantidade de resíduos descartados, como também reduz as emissões de carbono relacionadas ao transporte dessa mercadoria.

Além disso, a água agora servida é duplamente filtrada e testada pela Caesb a cada quatro meses. Os reservatórios, por sua vez, passam por limpeza semestral. Tudo para garantir água da melhor qualidade para o consumo de servidores e visitantes, dentro dos mais rigorosos padrões bacteriológicos de potabilidade.