O Plenário 2 do Anexo II da Câmara dos Deputados foi palco do Seminário “Construções Sustentáveis”, no último dia  24  de junho. O evento foi uma oportunidade para que fosse debatida a importância de soluções e tecnologias em arquitetura e urbanismo para a redução de impactos ambientais, possibilitando a adoção de políticas públicas e a geração de incentivos à implementação de projetos sustentáveis.

O evento contou com painéis de discussão das políticas públicas atualmente adotadas e dos aprimoramentos necessários para permitir a utilização destas técnicas nas construções brasileiras.

O impacto ambiental causado pelo setor foi tema de preocupação manifestada por diversos participantes. De acordo com o gerente de projetos de economia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Shigeo Shiki, a área é responsável por 35% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil. Segundo a diretora regional da Associação Governos Locais pela Sustentabilidade, Laura Macedo, estima-se que são gerados 450 quilos de entulho por habitante anualmente no setor. “Somente em São Paulo, são 17 mil toneladas por dia”, afirmou.

O coordenador da área temática Arquitetura e Construção Sustentável do Núcleo de Gestão Ambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara), Fabiano Sobreira, aproveitou a ocasião para questionar até que ponto os empreendimentos divulgados como “verdes” são de fato ecologicamente corretos. “A arquitetura passou a ser um produto a mais na prateleira. Há muito mais espetáculo do que efetivamente ações concretas”, sustentou.

O seminário foi realizado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Desenvolvimento Urbano, a pedido dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Zezéu Ribeiro (PT-BA), integrando o conjunto de ações da Câmara dos Deputados, realizadas durante todo mês de junho,  pelo Dia Mundial do Meio Ambiente.