Saneamento é tema de mesa-redonda na programação do mês do Meio Ambiente
“A água não tem sido tratada com o cuidado merecido. O esgotamento dos recursos hídricos é uma das grandes crises mundiais”. Com estas palavras o diretor adjunto do Senado, Gustavo Ponce, abriu a mesa-redonda sobre Saneamento Básico e Meio Ambiente, no plenário 15 do Senado.
O primeiro palestrante, Pedro Sena, traçou um panorama histórico sobre o saneamento no Brasil, desde os tempos coloniais. Sena, que é consultor legislativo aposentado pela Câmara dos Deputados, atuou na elaboração da Lei º 11.445/2007, a Lei do Saneamento.
Luiz Beltrão, consultor legislativo do Senado, apresentou o tema "Saneamento Básico na perspectiva da Campanha da Fraternidade Ecumênica", de 2016. Ele mencionou a visão ecológica da interdependência entre todas as formas de vida e o seu meio, como descrita na Encíclica Laudato Si, publicada pelo Papa Francisco no ano passado. Neste documento oficial da Igreja Católica, o Papa o consumismo irresponsável e faz um apelo à ação conjunta dos dos países no combate à degradação ambiental e às alterações climáticas. Beltrão concluiu que, dadas as condições de saúde ambiental do Brasil, é urgente implementar os planos municipais de saneamento, tal como previstos no artigo 19 da Lei do Saneamento.
Trazendo o debate para a realidade local, a representante da Companhia de Água e saneamento do Distrito Federal, Raquel de Carvalho Brostel, apresentou o trabalho da empresa.
A mesa-redonda faz parte da programação do Mês do Meio Ambiente no Congresso, realizada em conjunto pelas assessorias de sustentabilidade das duas Casas, o Senado Verde e o EcoCâmara. A programação completa pode ser consultada aqui.