Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre Administração Pública Sustentável é debatida na Câmara dos Deputados
Aprovada por unanimidade pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça em 03 de março deste ano, a Resolução que determina a criação de Núcleos socioambientais em todo o Judiciário, e que prevê a implantação de Planos de Logística Sustentável nos órgãos e conselhos daquele Poder foi pauta principal do Programa “Com a Palavra”, veiculado pela Rádio Câmara, na última segunda-feira, dia 16, às 8h30.
A interdependência das ações de gestão socioambientais e o seu necessário fortalecimento institucional permearam o debate radiofônico; que contou, ainda, com a presença do cientista político e gestor ambiental, Gílson Vasconcelos Dobbin, Coordenador-Geral do EcoCâmara.
O gestor ambiental acredita que o Estado tem papel fundamental na sedimentação do pensamento sustentável e que uma das grandes contribuições desta nova postura do Judiciário é mostrar à sociedade que é isso é possível dentro da Administração Pública. “A sociedade tem pressionado do ponto de vista das necessidades e mudança dos nossos modelos de consumo e produção. E a administração da Câmara, junto com as outras administrações, tem se esforçado nisso”, completa.
O Encontro Técnico de Gestão do qual participaram o Diretor-Geral da Casa, Sérgio Sampaio Contreiras De Almeida, Cássia Regina Ossipe Martins Botelho, Diretora-Geral Adjunta, Gílson Vasconcelos Dobbin, do EcoCâmara, Lúcio Henrique Xavier Lopes, Chefe da Assessoria Técnica da DG, Mauricio Boratto Viana, representando a Consultoria Legislativa e a bióloga Carmen Lucia Fortes Viana De Mesquita, assessora em meio ambiente do Comitê Gestor de Sustentabilidade – EcoCâmara, além, é claro, do próprio representante do CNJ, permitiu intercâmbio de boas práticas e condições objetivas para a construção e solidificação de parcerias entre os diferentes Órgãos.
Para o conselheiro Paulo Teixeira, é necessário que haja uma integração das políticas de sustentabilidade com a participação dos tribunais. E ressalta a importância da troca de informações de participação em eventos, seminários, para que os tribunais e a população criem uma consciência de redução de gastos. “Queremos mostrar aos administradores que é possível você administrar órgãos privilegiando políticas de sustentabilidade”, afirma.
A resolução também estipula que a gestão organizacional seja construída promovendo a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Nesse sentido, a qualidade de vida no trabalho deverá ser priorizada. Os núcleos socioambientais também terão título permanente, e estarão subordinados à administração dos órgãos. “Primeiro momento é criar a consciência nos tribunais de que é importante colocar em prática essas políticas, e eu registro, de forma tardia, porque isso já era para ter sido implementado há muito tempo”, conclui Paulo Teixeira.