Em mais uma etapa da proposta de revitalização do Bosque dos Constituintes pela Câmara dos Deputados, neste mês de fevereiro foram plantadas 21 novas mudas de cedros (Cedrella fissilis Vellozo), que ocupam o talhão número 04 do parque. Como no local já existiam outras 29 árvores da mesma espécie – sendo 25 plantadas quando da criação do bosque, em 1988, e as 4 restantes quando da cerimônia de adoção, em 2008 –, chegam a 50 o total de cedros existentes na área.

Para manter o projeto original do bosque, no entanto, devem permanecer apenas 30 exemplares de cada uma das espécies. Segundo Rachel Osório, uma das gestoras do Bosque dos Constituintes, a decisão de plantar um número maior de cedros tem uma explicação: “As novas plantas substituirão as originais, que não se desenvolveram adequadamente. Agora, como elas estão sendo monitoradas e devidamente adubadas, esperamos que elas se desenvolvam bem. Depois disso, com as devidas autorizações, faremos a retirada daquelas antigas que não se desenvolveram adequadamente.”

Uma curiosidade: todas as 21 mudas de cedro plantadas agora foram obtidas de sementes coletadas no próprio bosque, no ano passado, dentre os indivíduos plantados em 1988. Ou seja, é o próprio bosque tornando-se autossustentável. As mudas foram desenvolvidas no viveiro da Câmara, que é mantido pela Seção de Manutenção de Jardins do Departamento Técnico (Detec).

Os cedros plantados no bosque são conhecidos popularmente como cedro rosado, cedro cetim ou cedro rosa. São árvores de grande porte (alcançam entre 15m e 25m), heliófitas (que são plantadas a pleno sol) e caducifólias (perdem as folhas na seca). Seus usos mais comuns são como madeira (movelaria, construção civil, naval e aeronáutica), escultura, perfumaria, medicina popular, melífera, paisagismo e arborização. É utilizado na recuperação de áreas degradadas e matas ciliares não inundáveis. Também é promissora para a recuperação de solos contaminados por metais pesados.

Para recordar sobre a revitalização do Bosque dos Constituintes