Centro de Informática lança o Projeto TI Verde
A tecnologia é um dos principais pilares que move a vida moderna tornando-a mais dinâmica e interessante. O uso da informática, principalmente, nos possibilita encurtar distâncias, otimizar o tempo e acessar informações atualizadas em tempo real. No entanto, assim como tantas outras invenções da modernidade, o impacto que a atividade exerce sobre o meio ambiente produz efeitos negativos que precisam ser minimizados.
É sob tal perspectiva que o Centro de Informática implementa o Projeto TI Verde e com isso dá início à inserção da dimensão ambiental no gerenciamento da tecnologia da informação (TI) na Casa. As soluções ecoeficientes apresentadas pelo Projeto pretendem reduzir o consumo com energia, incentivar o uso racional do papel, além de priorizar a compra e o uso de microcomputadores que atendam a critérios internacionais de produção quanto à sustentabilidade.
Conheça a seguir os detalhes do Projeto e as instruções para configurar seu computador.
A eficiência energética como critério de aquisição de novos micros
Sob a perspectiva ambiental, a crescente demanda por energia tem sido um dos maiores problemas deste século. A destruição da camada de ozônio, o aquecimento global e os desastres ambientais não nos deixam ignorar o fato.
Além disso, segundo o simulador de energia da Companhia Energética de Brasília (CEB), um computador ligado por 10 horas seguidas, das 9h às 19h, por exemplo, durante 22 dias ao mês consome cerca 28,6 kwh, ao custo de 6,01 reais/dia. Considerando que a Casa possui mais de 8 mil microcomputadores, o gasto supera o valor de 48 mil reais mensais. Isso sem falar no consumo com periféricos, como impressoras e scanners.
Para contribuir com a redução de gasto financeiro e a mitigação dos impactos ambientais envolvidos com o consumo de energia elétrica no uso do computador, a partir do mês de março de 2009, 4.755 novos microcomputadores da marca Lenovo/IBM serão instalados na Casa em substituição a equipamentos antigos.
De acordo com o Cenin, os novos micros atendem a padrões internacionais de produção reconhecidos pelo selo ambiental EPEAT. Só a troca dos monitores CRT pelos LCD responde por uma economia aproximada de 30% com energia elétrica.
O selo EPEAT (Eletronic Product Environmental Assessment Tool) foi lançado há dois anos pelo Conselho de Eletrônicos “Verdes” (GEC, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, criada em 2004 para encorajar a produção de eletrônicos ecologicamente corretos. Uma de suas propostas é avaliar desktops, notebooks e monitores de acordo com 51 critérios ecológicos, sendo 23 obrigatórios e 28 opcionais. Os microcomputadores recém adquiridos pela Câmara atendem 23 critérios obrigatórios e 20 critérios opcionais. Para saber mais sobre o selo, acesse: www.epeat.net
Configuração do modo de espera
Além da substituição por equipamentos de tecnologia mais avançada, os computadores da Câmara serão configurados para que o monitor seja desligado após 15 minutos de ociosidade e o computador entre em modo de espera após 45 minutos sem uso.
A nova configuração será feita de modo automático pelo Cenin em todos os micros da Casa, com exceção daqueles que armazenem arquivos compartilhados, em pastas designadas como “Público”. Nesse caso, os usuários deverão informar o patrimônio da CPU ao Centro de Informática, preenchendo o formulário disponível no endereço https://intranet/internet/enquete/tiverde/
Quando o equipamento entra em modo de espera, a luz ao lado do botão liga/desliga fica piscando. Para sair do modo em espera, basta acionar o botão Power (liga/desliga) do micro. Dessa forma, o equipamento imediatamente deixará o estado de espera, e a área de trabalho será restaurada ao exato ponto em que foi deixado.
Também possível colocar qualquer computador em estado de espera manualmente. Para isso, é só acionar o comando “Em espera” sempre que desejar, selecionando a opção Desligar do botão Iniciar, ou teclando Ctrl+Alt+Del e selecionando Desligar e, em seguida, “Em espera”.
Uso sustentável do papel: impressão customizada e rodapé ecológico
O uso racional do papel vem se tornando uma ação prioritária na Câmara no que se refere à gestão ambiental. Apenas em 2008, foram promovidas iniciativas como o início da impressão frente e verso por alguns órgãos da Casa, e a adoção da versão eletrônica dos formulários de férias e dos avulsos.
Além da preocupação em utilizar o papel de modo mais sustentável, a nova tecnologia empregada na Casa traz outros benefícios no uso racional dos recursos naturais. Os equipamentos multifuncionais, que reúnem várias funções (impressora, scanner, copiadora e fax) em um único aparelho, por exemplo, gera uma boa economia na aquisição, manutenção e consumo de energia quando comparado com a opção de compra e de uso de um equipamento para cada função.
Nesse sentido, a aquisição de impressoras desde 2007 vem sendo estratégica. Até agora já foram adquiridas mais de 800 impressoras que permitem customizar a impressão para o modo frente e verso, rascunho, brochura entre outros formatos que beneficiam a economia com papel, tonner e energia elétrica.
Existem diversos modelos de impressoras em uso na Câmara dos Deputados. Porém, as instruções elaboradas pelo Cenin, é possível configurar praticamente todos os modelos para executar impressões mais eficientes, seja no consumo de papel seja com outros materiais que compõem o aparelho, como o tonner por exemplo. Caso surjam outras dúvidas no momento da configuração, basta ligar para a Central de Atendimento ao Usuário pelo ramal 6-3636.
Rodapé ecológico
Além da aquisição de impressoras ecoeficientes, com a implementação do Projeto TI Verde, o uso dos e-mails institucionais será mais uma ferramenta de incentivo ao uso racional do papel. A inclusão de uma mensagem ecológica ao final das mensagens eletrônicas, logo abaixo da assinatura pessoal, poderá ser feita por cada servidor interessado em apoiar a iniciativa.
Virtualização: uma tecnologia a favor da sustentabilidade
Outra recente medida que desde 2007 vem gradativamente se consolidando na Casa é a virtualização de computadores que desempenham a função de servidores de dados. A virtualização é um sistema que quando executado em um computador permite o funcionamento simulado de outros, conhecidos como máquinas virtuais. Isso facilita o aproveitamento da capacidade ociosa, principalmente processador e memória, de cada um dos equipamentos existentes.
Normalmente, para cada hardware (computador físico – real) existe um sistema operacional que funciona em conjunto. Para o usuário, o computador é uma visão fornecida pelo sistema operacional em execução no equipamento. No caso das máquinas virtuais são múltiplas visões, o sistema de virtualização permite que vários sistemas operacionais sejam executados num mesmo computador físico, criando a impressão que são vários equipamentos, quando, na verdade, há só um.
Esta tecnologia não é tão nova, já existia nos antigos computadores de grande porte. Nos últimos anos, porém, recebeu um novo impulso. As salas técnicas (CPDs), atualmente, empregam centenas de equipamentos, como é o caso dos serviços prestados à Câmara pelo Cenin. A virtualização facilita o aproveitamento da capacidade ociosa, principalmente processador e memória, de cada um dos equipamentos existentes.
A tecnologia da virtualização vem sendo estudada pelo Cenin desde o início de 2007 e já existem alguns serviços sendo executados em máquinas virtuais, como o acesso a rede SERPRO/SIAFI, o SIAFI Gerencial, o serviço de impressão dos gabinetes parlamentares, além de um laboratório de software.
Em dezembro de 2008 foi feita a aquisição de novos equipamentos servidores em substituição a equipamentos antigos e para atender a demandas de novos serviços. Da previsão inicial de 137 equipamentos, foram adquiridos 87, em função do uso da virtualização.
Como os sistemas de virtualização geram benefícios significativos, a cada processo de compra de novos equipamentos o Cenin considera a possibilidade de adotar tal sistema. Sob esse aspecto, a virtualização está alinhada aos programas ecológicos de conservação de recursos naturais porque viabiliza uma boa economia de energia elétrica e de refrigeração de ar, assim como diminui a demanda pela produção de bens.
Texto produzido pelo Núcleo de Gestão Ambiental EcoCâmara.