Essas plantas fazem parte do projeto-piloto de Regeneração Espontânea, que está sendo desenvolvido aqui no bosque, com o apoio da Rede de  Sementes do Cerrado – um dos parceiros do Bosque. A idéia é simples: você deixa que a natureza escolha qual a melhor espécie para viver naquele local.

    A proposta é deixar para ver quais das espécies que estão tentando se firmar no local conseguem ir adiante. De repente, do grupo que está lá, duas, três ou quatro  se desenvolvem. Estamos vendo aqui árvores bem jovens. Daqui há sete anos, se tudo der certo, elas já disseminaram suas sementes e, assim, vai sendo ampliada a biodiversidade do local.

    Pássaros, ventos e águas espalham as sementes e cabe a nós apenas deixar que cresçam. Mais do que plantar, apenas cuidar da planta que está nascendo por sua própria força. A natureza escolhe aquelas plantas que melhor se adaptam ao solo e ao clima. E não somente árvores são trazidas pelo vento. Outras espécies  vegetais  também germinam enriquecendo o ambiente com ervas, gramíneas, arbustos. É uma forma barata de fazer recuperação ambiental.

    Vários fatores influenciam a regeneração natural, determinando a riqueza da biodiversidade e a velocidade do crescimento dessas espécies. Entre eles, destacam-se: a existência de remanescentes florestais nos arredores para fornecer sementes; a existência de dispersores de sementes e o grau de degradação do solo.