Em consonância com as diretrizes da Diretoria-Geral, o Núcleo de Gestão Ambiental – Ecocâmara deu os primeiros passos em direção ao seu atual planejamento estratégico.

No dia 16 de agosto, servidores que constituem o Núcleo e que representam o Departamento Técnico, a Secretaria de Comunicação Social, o Departamento de Material e Patrimônio, o Centro de Documentação e Informação, a Assessoria de Projetos Especiais e o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento participaram de discussões para revisar a estratégia do EcoCâmara e compreender novos objetivos.

O grupo está comprometido em promover de forma integrada a gestão sócio-ambiental na Câmara dos Deputados, de forma a incentivar, orientar e consolidar ações administrativas sustentáveis. Isso quer dizer que o EcoCâmara tem como missão exercer o papel de órgão planejador e gestor da política ambiental da Casa. Aos órgãos técnicos caberá executar os projetos de água e energia, coleta seletiva, gestão de resíduos perigosos, por exemplo, aliando ações técnicas a cuidados com o meio ambiente.

Pontos favoráveis e contrários à trilha da sustentabilidade
Em reunião que durou cerca de oito horas, os pontos fortes e fracos surgiram para distinguir oportunidades de atuação e para identificar as dificuldades que o EcoCâmara encontra ou encontrará para aplicar sua proposta de atuação.

Na lista de pontos desfavoráveis, a ausência de instrumentos normativos que torne obrigatória a gestão ambiental na Administração Pública é para o grupo fator limitador à adesão de um modelo gerencial ambientalmente responsável. No entanto, caso os servidores se mostrem sensíveis à idéia de que a mudança de comportamento não é uma escolha e sim uma necessidade à preservação da qualidade de vida no Planeta, a falta de imposição legal pouco fará diferença. Nesse sentido, o grupo acredito que é urgente a implementação de ações voltadas a incluir o tema ambiental nos programas educacionais oferecidos pela Casa.

Em contraponto, os próprios resultados já alcançados pelo EcoCâmara são os melhores indicadores que apontam que a trilha está sendo percorrida pelo caminho correto.

Com quatro anos de existência, a área de Coleta Seletiva e Responsabilidade Social, por exemplo, beneficia 150 famílias de catadores de lixo mediante convênio. Parte do sustento dessas famílias provêm dos resíduos recicláveis gerados pela Casa que são doados à Cooperativa de Catadores. À Cooperativa cabe dar o correto destino a cerca de 60% do plástico e papel que a Instituição descarta.

Em 2004, a área Gestão de Resíduos Perigosos elaborou o Plano de Gestão de Resíduos de Saúde (PGRSS). Este plano conseguiu reduzir em mais de 80% dos resíduos biológicos que eram encaminhados à incineração, processo considerado controverso pelo alto índice de eliminação de gases poluentes para a atmosfera.

A implementação de projetos desenvolvidos na área de Novas Tecnologias Hídricas e Energética, por sua vez, vem economizando mais de 2 milhões de reais por ano nas contas de água e energia, com o melhor aproveitamento no uso desses recursos naturais.

O caminho que falta a percorrer
Para os meses seguintes, o Ecocâmara continuará desenvolvendo outras etapas do planejamento estratégico, quando serão detalhados novos projetos e estabelecidos metas e indicadores de desempenho. De posse desse plano de ação, o EcoCâmara acredita que terá condições de aprimorar o trabalho que desenvolve e alcançar sua própria meta de ser um pólo de excelência no âmbito do Poder Público. 

Texto produzido pelo Núcleo de Gestão Ambiental da Câmara dos Deputados - 18/09/2007