Mostra revela maus-tratos contra animais

A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), com o apoio do Núcleo de Gestão Ambiental (Ecocâmara), realiza exposição sobre o tráfico de espécies ameaçadas de extinção até esta sexta-feira (26), no Espaço Mário Covas (Anexo II). A mostra é composta por 19 painéis fotográficos sobre os maus-tratos sofridos por animais silvestres durante o transporte e comércio ilegal, por bichos empalhados e também por uma série de fotografias de aves que vivem soltas nos arredores da Câmara e na Residência Oficial. As imagens das aves foram registradas pelo servidor do Departamento de Polícia (Depol) Pedro Carneiro, que, por vários meses, monitorou e registrou o movimento dos animais. Pedro também é biólogo e voluntário do Ecocâmara.


CPI

Com a reabertura dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a Biopirataria no País, os organizadores da mostra aproveitaram a visibilidade do tema para alertar o público sobre a importância da preservação da fauna brasileira também.

A exposição pode ser visitada das 9 às 18 horas.


NÚMEROS

De acordo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o tráfico de espécies da fauna e da flora brasileira, 90% do comércio de animais silvestres no Brasil é ilegal. Além do exorbitante lucro que essa atividade gera - cerca de um bilhão de dólares (aproximadamente R$ 3 bilhões) - o tráfico mata uma grande quantidade de animais, já que, de cada dez animais retirados da natureza, apenas um consegue sobreviver às péssimas condições de captura e transporte.


RENCTAS

O trabalho da Renctas, uma organização sem fins lucrativos, de utilidade pública, que desenvolve diversas ações de combate ao tráfico de animais silvestres, é reconhecido no Brasil e no exterior. O brasileiro Dener Giovanini, fundador e coordenador geral da ONG recebeu, no último dia 19, o prêmio Sasakawa de Meio Ambiente 2003. O prêmio, o mais importante na área ambiental, foi entregue pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em Nova Iorque.

 

Texto produzido pela Secretaria de Comunicação Social da CD em 23/11/04.