Encontro debate melhorias para a coleta seletiva
Por meio da palestra ”Gerenciamento de Resíduos e Coleta Seletiva”, os terceirizados que atuam na limpeza dos edifícios da Câmara puderam ter contato com informações que mostram os benefícios que a separação correta dos resíduos proporciona ao meio ambiente.
Segundo Silmara Almeida, coordenadora da área temática de resíduos perigosos, a ideia desse encontro foi, além de sensibilizar seu público-alvo, discutir melhorias para o sistema de coleta dentro da casa, a partir de sugestões dadas pelos terceirizados.
A principal preocupação trazida por eles foi o risco de se acidentarem com o recolhimento de resíduos perfurocortantes, que muitas vezes são inadequadamente descartados. Segundo os terceirizados, não é raro encontrarem embalagens de vidro quebradas sem qualquer invólucro que lhes garantam segurança.
Nas duas palestras realizadas nos dias 22 e 28 de setembro, participaram, no total, 117 terceirizados. “Eu acho que os terceirizados que trabalham diretamente com a coleta podem contribuir muito no sentido de identificar os problemas tanto antes como durante o processo de revitalização”, comentou Silmara.
Revitalização da coleta
O objetivo da revitalização é retirar as lixeiras antigas debaixo das mesas e posicioná-las na sala para uso comum dos servidores, com coletores específicos para: plástico, orgânico e papel.
Para o administrador do Anexo III e um dos coordenadores da coleta seletiva do EcoCâmara, Reynaldo Stavale, é importante haver um trabalho de conscientização com todos, terceirizados e servidores. “Se eles não aderirem, (a revitalização da coleta seletiva) não vai dar certo”, afirma.
A proposta de colocar os coletores afastados das mesas dos servidores tem o objetivo de incentivar a reflexão na hora do descartar dos resíduos.” Do jeito que funciona agora, a pessoa tende a descartar o resíduo no coletor mais próximo, sem fazer a correta separação, por conta da comodidade ”, constata Reynaldo .
De acordo com Silmara, a revitalização também será benéfica para os terceirizados que são indispensáveis para o serviço. “Essa questão de diminuir o número de coletores vai reduzir o tempo de recolhimento, podendo aumentar a eficácia da atividade”, concluiu.
Inclusão social
Sempre bom lembrar que a coleta seletiva ainda produz como resultado a inclusão social de várias famílias de catadores de materiais recicláveis de Brasília. Desde 2002, com a implementação da primeira etapa do programa, a Câmara vem contribuindo com o processo de organização dos catadores e com o aumento da qualidade de vida de adultos e crianças.
Hoje, tanto a coleta seletiva como a inclusão de catadores nos planos institucionais de gerenciamento de resíduos sólidos são obrigações legais, instituídas pela Lei 12.305/2010, que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Internamente, a mesma obrigação foi reforçada pelo recente Ato da Mesa nº 34/2015, que dispôs sobre as regras de gerenciamento dos resíduos gerados pela Casa e sobre os princípios da não geração, da redução, da reutilização e da reciclagem.