Os ecocamaradas assistiram a uma apresentação no escritório do consórcio responsável pela construção e depois, devidamente protegidos por botas e capacetes, conheceram o canteiro de obras propriamente dito, além de setores como os depósitos para materiais recicláveis, a composteira, responsável por transformar resíduos em adubo, e a horta, que produz alimentos orgânicos para as refeições dos funcionários.

A visita foi marcada pela troca de informações técnicas e contatos de parte a parte. Tanto os funcionários da Câmara, muitos deles engenheiros e arquitetos, puderam tirar dúvidas e aprender sobre a aplicabilidade das iniciativas ali adotadas em obras e construções da Casa Legislativa, quanto as engenheiras representantes do consórcio também se mostraram bastante interessadas nas experiências do Comitê de Gestão Socioambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara), em um processo de intercâmbio natural e extremamente positivo em uma área onde o conhecimento vem sendo construído dia após dia, como a preservação ambiental .

A correta destinação de efluentes líquidos e de resíduos sólidos, o monitoramento da poluição atmosférica, a constante preparação para atender rápida e corretamente em caso de emergências ambientais, o acompanhamento de todas as fases do licenciamento ambiental e das certificações, os treinamentos diários, o reaproveitamento de materiais, as medidas para minimizar a emissão de poeira e o monitoramento de ruídos foram alguns dos cuidados tomados com a obra e devidamente explicados aos ecocamaradas durante a visita.

Um dos destaques ecológicos do novo estádio será o conjunto de placas solares a ser instalado em sua cobertura, que gerará aproximadamente 2,5 megawatts por dia, número mais do que suficiente para suprir as necessidades energéticas do estádio. As sobras da energia gerada serão vendidas para o Estado.

Priscila Mesquita, engenheira ambiental e coordenadora de meio ambiente da construção, conta que durante a retirada do gramado a equipe responsável pelo procedimento se deparou com um verdadeiro “tesouro”: uma enorme camada de brita e de areia, que foi retirada, armazenada e vem sendo reaproveitada, em apenas um dos exemplos de economia de recursos naturais nesta obra.

A decisão de derrubar o antigo Estádio Mané Garrinha e erguer novo estádio foi tomada como melhor forma de adequar Brasília às exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014. Entre as normas da entidade organizadora do torneio, diversas dizem respeito à sustentabilidade ambiental. Outras medidas de proteção ao meio ambiente vêm sendo adotadas por já fazerem parte das rotinas das empresas que formaram o consórcio construtor.

Duas mil e trezentas pessoas estão trabalhando para erguer o novo Estádio Nacional de Brasília, que terá 150 mil m² de área construída e capacidade para um público de 70 mil pessoas. Com um custo de R$ 700 milhões, ele terá 155 mil m³ de concreto e chegará a utilizar 12 gruas simultaneamente, o maior o número na história das construções da Capital Federal.

 Trinta por cento do trabalho já estão concluídos. A previsão é que a entrega do estádio se dê em dezembro de 2012.