Os Ecocamaradas estão trabalhando a todo vapor com o intuito de disseminar na Câmara a importância da consciência ambiental. Neste mês, os voluntários ambientais participaram de duas belas ações educativas: realização de uma dinâmica durante o estágio-visita e de uma visita na Cooperativa de Reciclagem, Trabalho e Produção ( Cortrap).

EcoCâmara no Estágio-Visita

Entre os dias 30 de março e 3 de abril, a Câmara recebeu estudantes universitários de todo o país para participar de mais uma edição do Estágio-Visita, programa realizado pelo Cefor em parceira com a Secom, que traz à Câmara 50 estudantes todos os meses com o objetivo de dar a eles a oportunidade de passar uma semana conhecendo a realidade das comissões e do Plenário, fazendo visitas e assistindo a palestras. Nesta edição, o tema sustentabilidade foi conduzido pelo trabalho conjunto de voluntários, assessores e coordenadores do EcoCâmara.

A partir dos argumentos do filme "O Dia em que a Terra Parou", os estudantes foram levados a fazer uma reflexão sobre os impactos do homem sobre o meio ambiente e a associação do tema com o exercício da cidadania. Com esse desafio, os estudantes simularam um tribunal no qual o réu era o ser humano. Enquanto a promotoria defendia a idéia de que a única forma de preservar o planeta seria acabar com a vida humana na Terra, a defesa deveria proteger a continuidade da presença do ser humano e a possibilidade de salvar o planeta.

Depois de defendidas as teses antagônicas, os jurados decidiram a favor da permanência da raça humana na Terra, decisão ratificada pela juíza, que ainda mostrou o que a Câmara tem feito para diminuir os impactos ambientais em sua atuação.

Visita à Cortrap

Outra ação dos ecocamaradas foi a visita guiada à Cooperativa de Reciclagem, Trabalho e Produção (Cortrap) com o objetivo de conhecer de perto o trabalho dos catadores que recebem os resíduos recicláveis da Câmara.

Os Ecocamaradas foram recebidas por Fátima, que contou um pouco da história da cooperativa. Segundo ela, o início do trabalho em grupo foi muito difícil, porque a maioria das pessoas estava acostumada a viver no cerrado, coletando resíduos e morando em barracos, sem pagar água, luz e ainda contando com a ajuda de algumas pessoas. Assim, sair da situação anterior exigiu grande organização, trabalho em coletividade, regras a serem cumpridas e responsabilidades assumidas. Hoje, no entanto, eles não se arrependem e garantem que conquistaram dignidade com o trabalho, que além de lhes dar o sustento, é de suma importância para a comunidade local.

De acordo com os coordenadores da áreas de Educação Ambiental do EcoCâmara, Gilson Dobbin e Paulo Henrique, foi interessante notar a consciência ambiental da cooperativa. "Mesmo sem contar com a reciclagem de vidros na região, os cooperados já separam o material para uma venda futura e assim estimulam a consciência coletiva dos consumidores de que o material tem valor para a indústria da reciclagem.

"Com a ajuda da Câmara, do Banco do Brasil e do BNDES, os 149 cooperados hoje contam com um galpão no qual fazem o trabalho de separação do material que chega da Câmara e de outros órgãos públicos parceiros da cooperativa. Contam também com um refeitório no qual preparam o próprio almoço, sala de aula e laboratório de informática. Apesar dessa estrutura, ainda há muita carência, como a falta professor de informática. Comovidos com essa carência, alguns voluntários demonstraram interesse em participar deste trabalho e imediatamente se colocaram à disposição das áreas temáticas responsáveis pela parceria da Casa com a Cortrap.

Matéria produzida pelo Núcleo de Gestão Ambiental EcoCâmara em 14/04/2009.