Diretores discutem ações ambientais para a Câmara
No final do primeiro semestre, a Diretoria-Geral e o EcoCâmara reuniram-se com os diretores da área administrativa da Casa, a fim de conhecerem as atividades ambientais em andamento e as sugestões de implementação que vêm surgindo em cada setor. O encontro foi uma continuidade do processo, que teve início no começo do ano, de estender a política ambiental da Câmara a todos os órgãos da Administração e estimular novas iniciativas.
O encontro aconteceu nas novas instalações do Centro de Informação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), local cuidadosamente escolhido em função das condições de sustentabilidade consideradas na construção do edifício e, sobretudo, do recente projeto “Cefor Verde”, lançado em dia 5 de junho.
Foi na qualidade também de anfitrião que o Cefor foi convidado pelo diretor-geral, Sérgio Sampaio, a dar início às apresentações. Segundo o diretor-geral, o envolvimento do Cefor com a política ambiental tem sido um exemplo admirável que deve ser seguido pelos outros órgãos da Casa. “A proposta do Centro é disseminar a educação ambiental nos cursos que promove. No entanto, antes de repassar o conhecimento a todos servidores da Câmara, deve ele próprio conscientizar-se sobre a urgente necessidade da mudança de hábitos a favor do meio ambiente“, enfatiza.
Diante da percepção de que os recursos naturais devam ser usados com parcimônia e de forma inteligente, vários órgãos da Casa demonstraram que medidas simples tornam-se eficientes quando passam a integrar oficialmente as rotinas do setor. Órgãos como o Centro de Documentação e Informação (Cedi) e a Secretaria de Controle Interno (Secin) baixaram normas internas estabelecendo que as impressões devem ser feitas sempre no modo frente e verso e as revisões de texto, na tela do computador.
A chefe da Assessoria de Projetos Especiais, Cássia Botelho, a quem o EcoCâmara está diretamente subordinado, ressalta que, além de estimular a mudança de hábitos dos servidores no consumo sustentável da água, da energia e do papel, os órgãos da Câmara devem estar atentos para incluir a dimensão ambiental nas atividades finalísticas que executam.
Outro exemplo vindo ainda do Cedi foi uma clara expressão desse princípio de gestão ambiental seguido pelo EcoCâmara e destacado pela Aproj. Recentemente e devidamente autorizado pelo presidente Arlindo Chinaglia, aquele Centro modificou um procedimento na publicação de livros institucionais que será capaz de estender a vida útil de milhares de exemplares: as apresentações dos presidentes a cada obra não mais constarão da parte “rígida” dos livros; elas virão na forma de encarte, o que permitirá que as publicações impressas por uma Mesa continuem a ser distribuídas pela Mesa seguinte.
Também com essa percepção, a Diretoria de Recursos Humanos (DRH) e o Departamento de Pessoal (Depes) estudam a idéia de se incluir, nas competências funcionais dos servidores, a responsabilidade ambiental. Em outras palavras, a atitude de preservar o meio ambiente passaria a ser não apenas uma distante expectativa mas um dever de todos nós.
Por iniciativa do Centro de Informática (Cenin), o fluxo eletrônico de férias inaugurou uma série de ações previstas no Programa de Desmaterialização de Processos e Documentos, coordenado pela Aproj. Além dos benefícios da racionalização processual, o Programa contribui para a política de sustentabilidade ambiental da Casa, visto que reduz a impressão de 32 mil formulários por ano, segundo dados do Departamento de Pessoal (Depes), diminuindo o consumo interno de papel e tinta. O quantitativo representa cerca de 153 quilos de papel a menos circulando na Casa.
É válido lembrar que o EcoCâmara já conta com diversos órgãos administrativos na própria estrutura que constitui o Comitê de Gestão Ambiental, e que são, na verdade, os executores de ações ambientais implementadas na Casa desde 2004. São eles: o Departamento Técnico, na área de coleta seletiva, engenharia, arquitetura e manutenção de jardins; o Departamento Médico, na gestão de resíduos perigosos; a Coordenação de Transporte, no transporte sustentável; a Secretaria de Comunicação Social, na divulgação de campanhas publicitárias e promoção de eventos; o Departamento de Material e Patrimônio, no estudo de legislação ambiental e licitação sustentável. E, mais recentemente, o Cefor, na área de educação ambiental, e o Cedi, que representa a gestão sustentável de papel - de ampla repercussão na Câmara.
As ecocanecas e o fim do copo plástico
O uso de copos plásticos por servidores está com os dias contados. Assim entende a maioria dos diretores da Câmara. Para eles, o copo descartável deve ser substituído por um copo de vidro ou por um de plástico durável. O importante é diminuir o descarte de um dos materiais mais poluentes. Os plásticos lotam os aterros sanitários das cidades e demoram quase 400 anos para se degradar.
A fim de dar início a esse desafio, o Sindicado dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do TCU (Sindilegis) doou mil “ecocanecas” ao EcoCâmara, como parte das comemorações do mês do meio ambiente. O objetivo do EcoCâmara é presentear com as canecas os setores que reconhecidamente se empenham em atitudes verdes. Como o número de canecas é limitado, a idéia é incentivar os servidores a adotarem o hábito. Na Secretaria de Controle Interno (Secin), todos agora só usam copos ecologicamente corretos.
Texto produzido pelo Núcleo de Gestão Ambiental em julho de 2008