Departamento de taquigrafia lança o EcoDetaq
Apenas as cópias de dois tipos de documentos - roteiros de taquigrafia e relatórios completos de gravação - representavam uma média de 18 mil páginas por ano, que agora não são mais impressas. A digitalização permitirá a economia de papel, tinta e energia gastos com a rotina anterior. Todo o material de consulta das comissões também passará pelo mesmo processo, incluindo pautas, relatórios e apresentações, entre outros.
A nova diretora do Detaq, Cássia Botelho, diz que os sete anos em que esteve à frente da Assessoria de Projetos Especiais (Aproge) da Diretoria Geral da Câmara fizeram que ela trouxesse para o Departamento de Taquigrafia uma visão da importância do desenvolvimento e implementação de novos processos, levando em conta a busca da sustentabilidade ambiental.
Cássia conta que já encontrou algumas iniciativas em funcionamento, como a redução do número de lâmpadas fluorescentes em cada luminária, associada à eliminação das caneletas, o que permitiu a manutenção da luminosidade, com significativa economia de energia. A regulação dos aparelhos de ar condicionado centrais também já era feita pelas chefias de cada setor, de modo a evitar desperdício. A partir disso, a diretora passou a refletir com a equipe sobre novos modos de sistematizar rotinas, buscando tornar o Departamento de Taquigrafia cada vez mais ambientalmente sustentável. “Temos diversos servidores com formação e experiência na área ambiental, motivados para contribuir. Sem dúvida, temos condições de realizar muito nesta área”, afirma.
Entre as iniciativas em estudo no departamento, a serem desenvolvidas em parceria com o Comitê de Gestão Socioambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara), estão a organização de um manual interno de procedimentos para a sustentabilidade, a realização de palestras e campanhas pelo uso racional da água e da energia, assim como a substituição dos copos plásticos por canecas reutilizáveis. Cássia Botelho ressalta a importância de se investir na educação ambiental dos funcionários e diz que todas as ações têm como pressuposto a participação consciente do servidor pois, segundo ela, “gestão ambiental é basicamente uma questão comportamental”.
Sandra Silva Maia, chefe do Núcleo de Redação Final em Comissões (NRFC) do Detaq, acredita no poder multiplicador das medidas adotadas em cada setor: ”Não só os departamentos podem contribuir fazendo a sua parte para a redução do impacto ambiental das atividades da Câmara, como suas ações acabam influenciando positivamente outras áreas da Casa”.
A preocupação com o meio ambiente no Detaq está associada à busca pela eficiência, demonstrando que sustentabilidade e produtividade podem e devem andar lado a lado. O analista legislativo Marcos Vinícius Fonseca ressalta que as mesmas medidas que servem para preservar o meio ambiente muitas vezes ajudam o departamento a se organizar melhor. Ele cita como exemplo a digitalização dos documentos: “fica tudo mais organizado e acessível eletronicamente”, diz o servidor, especialista em educação ambiental.