A apresentação fez parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente e teve como base a legislação do setor, como as resoluções do Conama (coleta interna, transporte, tratamento e disposição) e Anvisa (segregação e armazenamento).

Desde 2004, a Câmara faz a coleta seletiva de seus resíduos hospitalares, conseguindo, desde então, uma redução de mais de 85% na quantidade de material enviado para incineração. O monitoramento da destinação dos materiais descartados tem sido fundamental para mesurar os avanços obtidos – o mais recente deles, realizado em abril deste ano, mostrou que 13,61% do lixo do setor foi classificado como sendo de risco biológico e encaminhado para incineração. A palestra procurou sensibilizar os profissionais do setor, em especial aqueles que atuam  nos consultórios médicos, onde foi detectada uma maior mistura dos resíduos, buscando reduzir ainda mais esse índice, de modo a aproximá-lo da meta de 10% do total de lixo gerado.

Dr. Nechar falou sobre a classificação dos tipos de resíduos e mostrou como os profissionais devem atuar em seu descarte. Ressaltou também a importância de os profissionais conhecerem processo de coleta correta, assim como o devido treinamento dos trabalhadores.

 Segundo Silmara Gonçalves, coordenadora da área temática Gestão de Resíduos Perigosos do EcoCâmara, a palestra mostrou a importância da informação sobre os tipos de resíduos e de como o descarte correto possibilita a reciclagem de materiais, como plástico e papel – que caso contrário acabarim sendo incinerados –, com implicações ambientais altamente negativas.

Para ela, conhecer o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) possibilita uma destinação adequada deste material, evitando riscos para a saúde e para o meio ambiente. “Após a adoção de medidas corretas no Demed, em 2004, houve uma queda drástica na quantidade de resíduos no departamento. No entanto, devido ao surgimento da gripe A (H1N1), em outubro do ano passado, houve um pequeno aumento da porcentagem incinerada, que estamos trabalhando para reverter”, acrescentou Silmara.

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