Cuidados com o lixo

A cor da lata de lixo indica o que é contaminante e o que pode ser reciclado. Por mês, duas toneladas de resíduos saem do centro médico da Câmara Federal. Há dois anos tudo era considerado lixo hospitalar. Hoje, com a coleta seletiva, apenas um quarto do lixo gerado nos consultórios e nos laboratórios vai para a incineração. "Você tem uma menor necessidade de descontaminação de material. Só o que é relevante, em termos de infectividade, é descontaminado", explica Eurico Aguiar, médico.

A meta da direção do centro médico é reduzir ainda mais o lixo contaminado. A idéia é deixar de jogar nas caçambas brancas recipientes de soro fisiológico e caixas de remédios, já que esses materiais não são classificados como contaminantes. "Nós verificamos que esse tipo de material não tem contato com o paciente, mas pode ser usado em áreas de risco. Mesmo assim, não apresenta nenhum risco, se descartado de forma adequada", conta Jacimara Guerra Machado, representante do Núcleo Gestão Ambiental da Câmara.


A separação do lixo contaminado de outros resíduos é uma determinação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em junho, venceu o prazo para que todos os hospitais se adequassem à nova resolução.

Ainda não existe uma estimativa da redução no volume de lixo hospitalar no DF. Mas só no Hospital de Base a separação fez o número de caçambas de resíduos contaminados diminuir pela metade. Hoje, são gerados 18 containeres por dia.

Por lei, todo o material deve ser incinerado. Mas com os programas de coleta seletiva implantados, o subsecretário de Meio Ambiente, Fernando Fonseca, acredita que pelo menos parte do lixo hospitalar poderá ser depositado em valas construídas num novo aterro sanitário, em Samambaia. "Está sendo licenciado e certamente já estarão disponíveis valas devidamente preparadas, com o rigor técnico necessário para receber os resíduos", garante.

 

Texto produzido por Leonardo Ribbeiro em 10/10/05 e extraído do site www.dftv.globo.com