Ctran estudar plano de gestão ambiental

Depois de implementado o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) no Departamento Médico (Demed), chegou a vez de a Coordenação de Transportes (CTran) ter suas atividades adequadas às exigências ambientais dispostas em lei. No segundo semestre deste ano, o EcoCâmara, o Departamento Técnico, o Departamento de Material e Patrimônio e a CTran deram início aos estudos que irão nortear o funcionamento do Setor.

 

CTRAN

Para realizar os serviços de transporte e manter a frota de cerca de 60 veículos - incluindo carros, ônibus, microônibus, caminhões e ambulâncias -, a Coordenação de Transportes dispõe de oficina mecânica, serviços de lanternagem e pintura, posto de gasolina, além do serviço de administração. O desenvolvimento de um plano de gestão ambiental aplicável à CTran justifica-se pelos graves danos ambientais e de saúde que podem causar os materiais utilizados pelo setor, como óleos e produtos químicos, baterias automotivas e combustível.

 

 

O INÍCIO DO ESTUDO

Como as parcerias promovidas pelo EcoCâmara exigem o comprometimento dos setores, o Grupo de Trabalho designado para estudar o plano de gestão ambiental envolveu seis servidores da própria CTran. Leonildo Montu, coordenador do setor e do plano, observa que a seleção dos participantes foi estratégica, pois eles serão os responsáveis pela aplicação de novos procedimentos em seus setores. O primeiro passo foi dado em setembro. Nesta etapa do diagnóstico, foram elaborados os fluxogramas qualitativos de todos os setores da Coordenação, com a identificação das matérias primas consumidas (entrada) e os principais resíduos gerados no processo (saída), fontes de poluição do meio ambiente. Foi utilizada metodologia formulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), semelhante à Norma de Certificação Ambiental IS0 14.001.

 

PONTOS CRÍTICOS

O mapeamento registrou oportunidades de melhoria em vários procedimentos da Coordenação. Por desconhecimento de uma técnica apropriada, os resíduos tóxicos estavam sendo lançados na rede de esgoto, em desconformidade com os padrões de descarte estabelecidos pelo GDF. No serviço de pintura, a falta de compartimento para reter partículas sólidas permite que a poeira de massa lixada e o odor da tinta se espalhem por todo o ambiente.

 

MELHORIAS PREVISTAS

Mesmo diante do resultado parcial, alguns ajustes já são esperados. Com base nas exigências legais, o descarte de efluentes químicos (parte líquida do lixo) receberá tratamento adequado, quando não puder ser substituído por produto menos agressivo ao meio ambiente.

Para melhorar as condições de trabalho, o setor de pintura e lanternagem poderá passar por reformas, de modo a proteger o ambiente da emissão de partículas e da emanação de odores de produtos químicos.

Há estudos que avaliam a possibilidade de modernização do posto de gasolina. Uma das medidas seria a troca dos atuais tanques por outros mais modernos, para evitar o risco de contaminação ambiental.

O consumo de água potável para lavagem dos veículos também será repensado.

 

OS PRÓXIMOS PASSOS

A próxima etapa, a ser realizada ainda neste ano, será o detalhamento do fluxograma, que priorizará quantificar os resíduos poluentes mais relevantes. A partir desse momento, será possível elaborar o diagnóstico conclusivo, apresentar soluções alternativas e demonstrar a viabilidade econômica do Plano. Depois do documento final, está prevista a construção de indicadores de monitoramento. A sensibilização e o treinamento das equipes para adoção de novas práticas serão oferecidos após a primeira avaliação de resultados.

 

IMPLEMENTAÇÃO

A expectativa é de muito trabalho pela frente. No entanto, espera-se que os resultados positivos já sejam percebidos no próximo ano. A prioridade será a adequação legal e técnica do posto de gasolina e a reforma da cabine de pintura.


Texto produzido pelo Núcleo de Gestão Ambiental - EcoCâmara em 31 de outubro de 2005.