Câmara fecha seu posto de combustíveis
Os tanques de combustíveis que equipavam o posto da Câmara funcionam no local há aproximadamente 45 anos e todas as instalações e equipamentos há muito tempo precisavam de reformas, por motivos de segurança e de preservação ambiental. Os riscos de vazamento, que podem contaminar o lençol freático, costumam ser grandes nesse tipo de atividade. Além disso, os tanques eram de uma época em que o álcool, altamente corrosivo, ainda não era usado como aditivo à gasolina, o que aumenta consideravelmente o desgaste sofrido pelos materiais.
A Câmara precisava também adequar as suas instalações às normas hoje existentes - regulamentos e leis que, em sua grande maioria, não haviam sido criadas quando o posto iniciou as suas atividades. Os veículos da Câmara agora serão abastecidos em uma rede de postos, escolhida por licitação. O registro da operação será feito com cartões magnéticos equipados com chip, como parte de uma solução que promete ser mais prática, econômica, segura e ambientalmente correta.
Benefícios diversos
O diretor da Diretoria Administrativa da Câmara (Dirad), Fábio Holanda, lembra que o posto existe há décadas e que desde então a demanda da Câmara por combustíveis aumentou muito. “Os benefícios que esta medida proporcionará à Casa serão grandes, pois a área onde o posto funcionava não era ideal. Não apenas vamos proteger o meio ambiente, mas também economizar recursos públicos, ao deixar de realizar as obras que seriam necessárias se fôssemos reformar as instalações. Optamos por um sistema mais moderno de abastecimento. Além disso, trata-se de uma área nobre, que agora será mais bem aproveitada”, diz Fábio.
A resolução nº 273, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), publicada no ano 2000, exige novos tipos de construção para tanques subterrâneos, com o objetivo de evitar acidentes e a contaminação do solo, assim como do lençol freático. Leonildo Montu, diretor da Coordenação de Transportes da Câmara dos Deputados (CTran), conta que um estudo feito há alguns anos indicou que a reforma necessária custaria mais de R$400 mil.
Recentemente, novos estudos técnicos, somados à análise dos inconvenientes causados pela presença das instalações e das vantagens de seu fechamento, aliados à popularização da tecnologia de abastecimento com uso de cartões com chip, levaram à decisão de encerrar as atividades do posto. Segundo Montu, o abastecimento da frota da Câmara nos postos terceirizados começará em aproximadamente um mês, mas as atividades do posto da câmara ainda prosseguirão por até 90 dias, para que o estoque armazenado de combustíveis acabe completamente, de modo a evitar desperdícios.
A frota de veículos da Câmara consome atualmente uma média de 13 mil litros/mês de gasolina e sete mil litros/mês de biodiesel (mistura do diesel tradicional com óleo vegetal). O único posto de combustíveis da instituição, que será fechado em breve, está instalado no Complexo Avançado, que além da Coordenação de Transportes (Ctran), abriga também a Coordenação de Serviços Gráficos (Cgraf), o Viveiro de Mudas da Seção de Manutenção de Jardins (Semaj) e o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor).