Câmara diminui o uso de sacolas plásticas
Vários restaurantes já aderiram à iniciativa. O Naturetto, que administra um restaurante e uma lanchonete, agora usa sacos de papel para embalar alimentos para viagem, oferecendo sacolas de plástico apenas ao clientes que as exigem. O Senac, que administra três estabelecimentos na Casa, foi além e adotou os sacos de papel também para embalar os talheres que acompanham os alimentos. A cafeteria Mais Brasil já está tomando providências para substituir o plástico pelo papel.
Patrícia Brandão, coordenadora da Saref, esclarece que não existe nenhuma cláusula nos contratos dos restaurantes tratando especificamente da mudança das embalagens. No entanto, eles prevêem a possibilidade de interferência por parte da Câmara para aprimorar procedimentos sempre que necessário. Ela afirma também que um monitoramento da quantidade e da destinação dos resíduos é feito semestralmente e que as questões levantadas a partir de seus resultados, somadas a sugestões de servidores enviadas ao EcoCâmara, levaram à implementação da medida.
Deivisson Ramos, gerente do restaurante do Senac do Edifício Principal, afirma que ainda há uma certa resistência à mudança por parte de alguns clientes que desconhecem os motivos de uso da sacola de papel. No entanto, quando as razões ambientais da substituição são explicadas pelos funcionários, a maioria dos usuários muda de idéia e apoia a medida. Ele ressalta que o bom preparo da equipe para prestar tais esclarecimentos tem sido fundamental no processo.
O uso excessivo de sacolas plásticas é um dos problemas relacionados ao meio ambiente típicos de nossa época, pois tais embalagens demoram séculos para se decompor na natureza e causam inúmeros prejuízos ambientais, como a morte por asfixia de animais que inadvertidamente as ingerem. Além disso, ao contrário dos sacos utilizados para conter o lixo, a legislação não permite por questões sanitárias que as sacolas fabricadas para embalar alimentos sejam confeccionadas com material reciclado.