Também participaram do evento Cláudio Silva, coordenador do programa Bicicleta Brasil do Ministério das Cidades, Fabiano Sobreira, arquiteto-chefe da Seção de Acessibilidade e Planejamento Sustentável da Câmara, Ronaldo Alves, coordenador do movimento Pedada Brasília, e Valdir Braz de Azevedo, autor do projeto Carona Legal.
Ronaldo Alves acredita na utilização de outros meios de transportes que não o carro. “É possível você deixar o carro em casa e vir pedalando para o seu trabalho, desde que o poder constituído nos dê uma infraestrutura mínima, que nos permita guardar o equipamento com segurança, por exemplo”.
De acordo com Cláudio Silva, no entanto, é difícil imaginar uma cidade sem carros. “Quem pensa em acabar com o carro está sonhando à toa, isso é inviável”. Mas o representante do Ministério das Cidades também concorda com a redução do uso de automóveis. “Uma bicicleta é igual a um carro a menos. Assim, a gente pensa na ocupação do espaço, nas pessoas que andam sozinhas nos carros, e os carros dessas pessoas juntas ocupam muito espaço. Se houvesse menos pessoas de carro e mais ciclistas, haveria mais espaço para convivência, contemplação e usufruto da cidade em si.”
Ao final da mesa redonda, foi realizado um sorteio de canecas do EcoCâmara e de uma bicicleta, doada pela Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade). Paulo Henrique Silva, funcionário da Câmara lotado no Cefor e coordenador da área temática Educação Ambiental do EcoCâmara, foi quem ganhou o brinde. Devido ao Dia Mundial sem Carro, ele havia ido trabalhar a pé. Com o novo veículo, Silva voltou para sua casa, que fica na Vila Planalto, já pedalando.
O EcoCâmara está planejando, junto com o Departamento Técnico da Câmara (Detec), a adaptação de vestiários para o armazenamento de objetos pessoais, para que os ciclistas

possam tomar banho e guardar seus equipamentos e mochilas ao chegar na Casa para trabalhar.
De acordo com o chefe da Seção de Acessibilidade e Planejamento Sustentável da Câmara, Fabiano Sobreira, os primeiros espaços a serem adaptados localizam-se no Edifício Principal e no subsolo do Anexo II. “Estamos cadastrando pessoas com interesse em utilizar os armários, para que a gente possa saber da necessidade de construção, e para isso vamos realizar uma campanha maior de divulgação”. Segundo Sobreira, também já foram instalados suportes para bicicletas no Anexo I e na Chapelaria, e os próximos locais a receberem a instalação serão o Cefor e o Anexo IV.