Câmara adota ecolavagem para frota oficial; nos estacionamentos, nova prática começa em março
A Câmara dos Deputados será um dos primeiros órgãos públicos a se adequarem à nova legislação que proíbe o uso de água para lavagem de veículos em estacionamentos públicos do DF. O Decreto Distrital nº 30.522, de 3 de julho de 2009, estabelece o prazo máximo de 1º de junho deste ano para que sejam implementadas novas tecnologias e procedimentos de lavagem de veículos sem o uso de água.
Todos os 70 veículos que compõem a frota oficial da Câmara passarão a ser limpos por meio da ecolavagem – método que utiliza uma série de produtos especiais em substituição à água e ao sabão. Para que o processo seja implantado, a Câmara já solicitou a compra dos primeiros kits com os produtos utilizados na lavagem. (ver reportagem que explica como funciona o processo e quanto custa a ecolavagem). O processo foi testado por um mês na garagem da Câmara e aprovado.
E o pioneirismo não pára aí. Ampliando o seu leque de ações de responsabilidade socioambiental, a Câmara já deu início à capacitação de todos os 73 lavadores de veículos que trabalham nos estacionamentos públicos da Casa. Eles serão cadastrados pelo Departamento de Polícia Legislativa (Depol), terão carteira de trabalho assinada, passarão a contribuir para a Previdência Social e terão direito a um plano de assistência médica. Também usarão uniforme, terão identificação e poderão ter acesso a outros cursos profissionalizantes, além de obter redução de custos para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
Para viabilizar o funcionamento da ecolavagem, o Núcleo de Gestão Ambiental da Câmara já vem trabalhando, desde outubro do ano passado, no cadastramento dos lavadores e negociando, junto ao Governo do Distrito Federal, maneiras de facilitar, para eles, a aquisição dos kits de limpeza.
No próximo dia 4 de março, os lavadores cadastrados pela Câmara participarão de um curso de capacitação promovido pelo GDF e pelo Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos do DF no auditório Freitas Nobre (subsolo do Anexo IV). Ao final do evento, todos receberão certificado, coletes e os primeiros kits para a ecolavagem.
“Os lavadores irão dispor de um dia de trabalho em prol da profissionalização”, afirma a servidora Tânia Maria, coordenadora da Área Temática de Responsabilidade Social do EcoCâmara e gerente desse projeto. Segundo ela, outros órgãos vizinhos à Câmara, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU), aguardam apenas o início das operações na Câmara para também aderir à ecolavagem.
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