Resultado da pesquisa sobre a coleta seletiva na Câmara dos Deputados
Sob os nossos olhos e sobre as nossas atitudes
No segundo semestre de 2007, os servidores da Casa foram chamados a participar, com o envio de opiniões e sugestões, do programa Coleta Seletiva e Responsabilidade Social desenvolvido pelo Núcleo de Gestão Ambiental EcoCâmara, em parceria com a Coordenação de Administração de Edifícios (Caedi).
Por meio de pesquisa eletrônica, o EcoCâmara quis, sobretudo, identificar o grau de conhecimento do Programa dentro da instituição e de envolvimento do servidor no processo do correto descarte do lixo, segundo os preceitos da reciclagem.
Do universo de 172 participantes, 148 servidores se reconhecem comprometidos em separar o lixo e descartá-lo nas lixeiras adequadas. No entanto, no item da pesquisa reservado para resposta aberta (subjetiva), muitos apontaram que uma maior quantidade de lixeira ou a melhor distribuição dos recipientes nos setores facilitariam o correto descarte.
Outro ponto relevante na opinião de 30% dos servidores é a necessidade de se formularem campanhas internas informativas quanto ao tipo de material que é encaminhado à reciclagem e às seguintes etapas envolvidas até o processo produtivo. Como exemplo, pergunta uma servidora, "um copo plástico sujo de suco ou um prato com restos de comida pode ser misturado nas lixeiras com o plástico limpo, no recipiente destinado a plásticos, ou deve ser descartado no recipiente de diversos?"
Para esclarecer essas e outras dúvidas bem como melhorar a disposição de lixeiras na Casa, o Núcleo de Gestão Ambiental deverá planejar suas ações deste ano. Segundo o coordenador-geral do Núcleo e diretor da Caedi, Rômulo Lima Câmara, o edital para compra de lixeiras já está na fase final de aprovação. A expectativa é de que 670 novas lixeiras sejam distribuídas pela Câmara.
Quanto às campanhas informativas, várias peças de comunicação devem ser desenvolvidas em parceria com Secretaria de Comunicação de Social. Além disso, o EcoCâmara se propõe a visitar os setores da Casa no sentido de sensibilizar os servidores sobre os benefícios da reciclagem para o meio ambiente e para a inclusão social.
Sobre o conteúdo que deverá constar nas campanhas de esclarecimento, Rômulo Câmara antecipadamente alerta para o fato de que os terceirizados recebem treinamento constante a fim de não misturarem os materiais descartados em lixeiras de tipos diferentes, porém não descarta que correções nas atividades de limpeza devam ser periódicas em se tratando de inclusão de uma rotina ainda nova: " Não cabe aos terceirizados separar o papel do plástico e o plástico dos resíduos orgânicos quando eles estiverem dispostos em um único recipiente. A responsabilidade pelo descarte de um material cabe à pessoa que o utilizou", conclui.
O início de muito
A coleta seletiva do lixo foi o primeiro programa que envolveu a Instituição em ações de natureza ambiental. Liderado por um grupo de servidores, foi desenvolvido o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Recicláveis com a finalidade de estabelecer procedimentos de reciclagem para o papel e o plástico descartado na Casa. Este Plano foi formalizado pelo Ato da Mesa nº 129 de 2002.
Motivada pela nova visão gerencial que surgia na Casa, a Diretoria-Geral criou em 2003 o Núcleo de Gestão Ambiental EcoCâmara com o objetivo de estender os projetos ambientais às outras atividades administrativas que geravam impactos diretos sobre o meio ambiente, de forma a atender a exigências estabelecidas por lei.
Já o programa coleta seletiva evoluiu e incorporou a inclusão social na sua proposta de tratar o lixo reciclável. Desde 2004, beneficia em média 150 famílias de catadores de lixo. Parte do sustento dessas famílias proveêm dos resíduos recicláveis gerados pela Casa que são doados, mediante convênio, à Cooperativa de Catadores. À Cooperativa cabe dar o destino correto aos materiais recicláveis – plástico e papel que a Instituição descarta, o que corresponde a cerca de 60% dos resíduos gerados. Nesses últimos anos, a venda do material aumentou a renda dos catadores de 90 para 300 reais ao mês.
Pequenas atitudes grande contribuição
A mudança de atitude afeta a todos nós como responsáveis pelo desenvolvimento sustentável, ou seja, suprirmos nossas necessidades sem prejudicarmos as necessidades das futuras gerações. Assim, relacionamos algumas dicas que, se adotadas, ajudam a prolongar a vida útil dos recursos naturais, hoje tão preciosos:
Lixeira com adesivo azul PAPEL |
Lixeira com adesivo vermelho PLÁSTICO |
Lixeira com adesivo cinza DIVERSOS |
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descarte papéis brancos, jornais, revistas, papelão, envelopes, papel cartão, pastas de elástico, calendários velhos, separatas antigas, capas de processo, etc. |
descarte copos descartáveis, bandejas descartáveis, talheres plásticos, sacos plásticos, embalagens plásticas em geral, garrafas de água vazias, garrafas de refrigerante, etc |
descarte restos de alimentos, papel toalha, papel higiênico, bandejas ou pratos com comida, borra de café, embalagens aluminizadas, embalagens longa vida, papel de bala ou biscoito, palitos de dentes , fio dental, absorventes higiênicos, algodão usado, embalagens de plastico muito sujas, embalagens de papel engorduradas, fios de cabelo, etc. |
ATENÇÃO Não descarte livros ou publicações, pois estes ainda podem ser doados para bibliotecas que mantém convênio com a Câmara, ligue para nós 62169, que buscamos em sua sala |
ATENÇÃO Não jogue copos com excessos de café ou água, pois dificulta o descarte |
ATENÇÃO Em caso de dúvida ligue para o EcoCâmara que teremos o prazer em esclarecer suas dúvidas |
Trazendo a contribuição de casa
Pensando em ampliar os benefícios da inclusão social e do reaproveitamento de matérias-primas, o EcoCâmara sugere que os servidores tragam de casa o lixo reciclável, pré-selecionado. Para facilitar a entrega do material, que será doado à Cortrap, o EcoCâmara orienta como fazer o material selecionado chegar as mãos das 150 famílias que integram a cooperativa. E o meio ambiente agradece.