Ministro aponta possibilidade de fase pré-clínica da Fosfoetanolamina acabar neste mês
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Celso Pansera, indicou ao Grupo de Trabalho (GT) da Fosfoetanolamina nesta quinta-feira (3) a possibilidade de que o prazo para a entrega do relatório pré-clínico da substância acabe na última semana deste mês. A reunião ocorreu na sede do MCTI.
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É com esse relatório que o ministério garantirá a segurança ou não do composto químico, conhecido por muitos como a Pílula do Câncer. Se comprovado que a fosfoetanolamina sintética não apresenta toxidade nociva ao sistema humano, o resultado será um bom sinal para muitos pacientes com câncer que querem ter acesso à substância. Os estudos estão sendo tocados nos laboratórios do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CienP), de Florianópolis (SC), e do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC), de Fortaleza (CE). As pesquisas são financiados por uma comissão composta pelos Ministério da Saúde e o MCTI.
A deputada Carmen Zanotto apontou que, em caso de sinal verde para a segurança do composto químico, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá ser desacreditada caso se interponha à liberação. “Nós respeitamos a Anvisa, mas não podemos mais concordar com o seu método básico e inflexível”, afirmou a parlamentar. Além dela, estiveram presentes o coordenador da GT, Arlindo Chinaglia, e os deputados, Adelmo Carneiro Leão, Leandre, Conceição Sampaio, Dr. João, Miguel Lombardi e Dulce Miranda.
Fases pré-clínicas
Os experimentos consistem em duas etapas. A primeira seria, a partir dos 500 g da substância disponibilizadas em dezembro pelo pesquisador aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Chierice, testar a segurança do composto químico. Em um segundo momento, os pesquisadores tentarão sintetizar nos laboratórios a Fosfoetanolamina com base no relatório da patente.
O Grupo de Trabalho da Fosfoetanolamina Sintética vem reunindo esforços a favor do uso compassivo da substância pelos pacientes com câncer, principalmente aqueles que não obtiveram sucesso com os tratamentos convencionais. O assunto foi mais uma vez o centro de debates nesta última semana após mais dois Projetos de Lei (PL) serem submetidos à tramitação da Câmara dos Deputados – um do deputado federal Jair Bolsonaro e outro do também deputado federal Celso Russomano.