Grupo da Fosfoetanolamina quer encontro com ministro do STF
O Grupo de Trabalho (GT) da Fosfoetanolamina Sintética quer discutir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, elementos que possam contribuir com a liberação da substância a pacientes com câncer. A decisão dos parlamentares nesta terça-feira (16) ocorre enquanto o STF reúne subsídios para dar parecer sobre milhares de processos que estão sendo movidos pelos pacientes que querem acesso à conhecida “pílula do câncer”. Além do ministro, os deputados coordenados pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) também solicitarão audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e o de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.
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O objetivo do grupo é levar uma linha de argumentação menos tradicional para fundamentar a decisão STF, apresentando relatos de pacientes com câncer que atestem eficácia da Fosfoetanolamina sintetizada pelo professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Chierice. O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) acredita ser necessária essa ação política dos parlamentares. “Entendo que temos nossas linhas de pesquisa e novas formas de entender essa situação. Estamos preocupados com que os interesses econômicos se sobreponham aos da pesquisa”, disse.
O STF já tem em mãos o parecer técnico do Instituto do Câncer (Inca), que considera “antecipada e precipitada qualquer decisão terapêutica antes da realização dos estudos controlados”, de acordo com jornal paulista. A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) disse, contudo, que nem ela e nem os parlamentares podem desconsiderar os relatos de cura ou melhora do quadro dos pacientes. “As histórias clínicas são muito do nosso dia-a-dia”, comentou.
Também estiveram presentes os deputados Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), Leandre (PV-PR), Raquel Muniz (PSC-MG), Dulce Miranda (PMDB-TO), Zenaide Maia (PR-RN) e Conceição Sampaio (PP-AM). Um dos rumos do grupo é também se manter atualizado dos avanços da pesquisa que ocorre em São Paulo para o teste da substância.