Na última terça-feira (8), a Secretaria da Mulher, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMulher) e entidades da sociedade civil, promoveu o Seminário “Câncer de Mama e a importância do cuidado integral”, que se propôs a discutir como a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama podem ajudar a salvar vidas.

Emocionada, a Dep. Benedita da Silva, Coordenadora da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados, abriu o evento dizendo que sempre se prepara espiritualmente para falar sobre o assunto, pois se trata de um dia que tem marcado a vida de sua família.

Informou que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer corresponde, em 112 países, à primeira causa de morte (de uma lista de 183) entre as mulheres antes dos 70 anos. E que, em 2021, o câncer de mama ultrapassou o câncer de pulmão em número de incidência global, se tornando o tipo da doença mais frequente no mundo.

Seguindo nesse raciocínio, completou que “Cabe a nós, representantes do Estado brasileiro, garantir as condições para todas as mulheres acessarem o tratamento público e gratuito, sobretudo aquelas que estão em situação socioeconômica mais vulnerável. Todas temos direito a uma vida saudável, independente de raça ou classe social”.

Vários parlamentares estiveram presentes, como a Dep. Ana Pimentel, presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher; o Dep. Weliton Prado, Presidente da Comissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil; a Dep. Flávia Morais; a Dep. Sílvia Cristina, relatora da Comissão Especial sobre o combate ao câncer no Brasil; a Senadora Zenaide Maia, Procuradora Especial da Mulher no Senado Federal; e a Sen. Leila Barros, líder da bancada feminina no Senado.

A sociedade civil organizada que combate o câncer de mama fez-se também muito bem representada no evento pela participação de vários institutos, como a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama); o Instituto Oncoguia; a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBoc); a Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília (Recomeçar); o Instituto Avon; e a Coordenação de Equidade, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental (NMH) da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

Após o seminário, o Congresso Nacional foi iluminado de rosa (permanecendo até sexta-feira, dia 11) como parte das ações de conscientização sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama — a campanha Outubro Rosa –, a fim de aumentar as chances de cura e reduzir os casos de mortalidade.

Importa lembrar que a prevenção do câncer de mama envolve, primordialmente, a redução dos fatores de risco e a promoção de fatores de proteção contra a doença. O diagnóstico precoce, por sua vez, refere-se à identificação oportuna de sinais suspeitos em mulheres, permitindo que a doença seja detectada em sua fase inicial. Isso possibilita o acesso a tratamentos mais eficazes e aumenta as chances de sobrevida.

É crucial disseminar informações sobre os sinais e sintomas do câncer de mama, além de organizar uma rede de atenção à saúde que garanta acesso rápido e facilitado ao diagnóstico e tratamento. Uma estratégia importante para a detecção precoce da enfermidade é o rastreamento mamográfico, que pode identificar o câncer antes que os sintomas se manifestem.

Campanha na Câmara

No âmbito da Campanha do Outubro Rosa, a Câmara desenvolve desde o início do mês uma série de eventos e ações sobre o tema, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e com a Procuradoria Especial da Mulher do Senado. Entre as ações programadas estão: a iluminação do Congresso Nacional pela cor rosa, a realização de seminário sobre o tema; a doação de lenços, bandanas, tiaras e bonés para mulheres em tratamento; e a doação de mechas de cabelos para confecção de perucas.

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