Julgamento do assassinato da deputada Ceci Cunha será em janeiro de 2012

30/11/2011 17h00

Reinaldo Ferrigno/Agência Câmara

Julgamento do assassinato da deputada Ceci Cunha será em janeiro de 2012

Rosinha da Adefal quer mobilizar Câmara para acompanhar julgamento do assassinato da deputada Ceci Cunha


Passados quase 13 anos do assassinato da deputada Ceci Cunha (PSDB-AL) - morta em casa, juntamente com o marido e dois parentes -, a Justiça enfim vai levar os acusados do assassinato ao banco dos réus. O júri popular foi marcado para o dia 16 de janeiro de 2012, conforme informou o juiz André Granja, da 1.ª Vara Federal de Alagoas.

De acordo com o magistrado, o ex-deputado Talvane Albuquerque - tido como mandante da chacina - e outros quatro acusados do crime serão julgados no início do próximo ano. Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, o magistrado informou que os matadores de Ceci não terão como protelar o julgamento de um crime ocorrido há 13 anos.

O juiz André Granja decidiu que novos recursos, sempre possíveis no sistema penal brasileiro, não terão efeito suspensivo e só serão apreciados depois do julgamento.. Assinada pelos jornalistas Vannildo Mendes e Felipe Recondo, a reportagem diz que o conjunto de provas levantadas pelo Ministério Público não deixa dúvida de que o mandante do crime foi Talvane Albuquerque, que na condição de primeiro suplente pretendia assumir a vaga de Ceci na Câmara.

O julgamento fechará assim um dos dez casos de impunidade, selecionados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que mais afetam hoje a credibilidade do Poder Judiciário e mancham a imagem do País no exterior.

Na próxima semana o assunto estará na pauta da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, a pedido da procuradora adjunta da Mulher, deputada Rosinha da Adefal (PTdoB/AL). Ela informou que há um compromisso assumido pela Casa de acompanhar o desenrolar do caso do assassinato da deputada Ceci Cunha. "Este acordo precisa ser cumprido. Para isso vamos nos mobilizar. Não podemos deixar que este caso bárbaro seja esquecido", disse a deputada alagoana.