“É um absurdo o tratamento dado para os hospitais públicos e suas unidades de saúde. Com a Organização Social, conhecida como OS, na gestão, aumentaram a falta de equipamentos, materiais de primeiros socorros e profissionais. E quem sofre com isso é a população. Além disso, para piorar estamos em estado de alerta com a chegada de um novo vírus da dengue, Zika, que pode virar um epidemia. Chega de descaso com o serviço público”, disse indignada a líder do PCdoB na Câmara Federal, Jandira Feghali sobre a prisão dos integrantes da ‘Máfia’ da saúde, os irmãos Wagner Viveiros Pelegrini e Walter Pelegrini. Segundo investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) foram desviados dos hospitais Pedro II e Ronaldo Gazola cerca de R$ 48 milhões em recursos públicos.

As investigações apontaram para o subsecretário municipal de saúde, José Luiz Ferreira, que facilitava a entrada da Organização Social (OS) Biotech. O esquema funcionava da seguinte forma: a Prefeitura do Rio repassava o dinheiro para a Biotech, responsável pela manutenção e gerência dos hospitais. Entretanto, a empresa contratava fornecedores “marcados” e pagava mais caro pelos serviços. Os fornecedores devolviam os valores para a organização, que lucrava com a diferença.

Para o delegado da Draco, Alexandre Herdi, “é lamentável que pessoas que assumiram o compromisso de melhorar a saúde pública tenham usado seus escritórios como gabinetes do crime”.

Segundo o prefeito, Eduardo Paes, “a prefeitura vai colaborar com a polícia. Se a fraude se confirmar, os culpados devem ser punidos, e se Deus quiser, o dinheiro será recuperado”.

Mais informações com o Jornal O Dia.