Banco Mundial realiza workshop sobre violência doméstica
Estudo: A Violência Doméstica como uma manifestação da Exclusão Social no Brasil: Tendências, Correlatos e Opções Políticas
Apresentação: Elizaveta Perova (Economista, Grupo de Pobreza, Equidade e Gênero, América Latina e Caribe)
Amartya Sen definiu desenvolvimento como liberdade. Esta definição por si só é suficiente para assegurar a erradicação da violência doméstica na agenda do desenvolvimento. Entretanto, a violência doméstica também impõe custos consideráveis nas sociedades por meio de produtividade precipitada e renda, custos diretos da ampla utilização de serviços e, de forma mais importante, os custos de desenvolvimento humano das vítimas e seus filhos.
Com base em evidências correntes, este estudo examina os efeitos de várias intervenções e fenômenos que podem ter afetado a dinâmica da violência doméstica no Brasil na última década. Primeiramente, o estudo concentra-se em uma intervenção voltada diretamente à prevenção e ao tratamento da violência doméstica: a implementação da Lei Maria da Penha, capturada na sua implantação nas delegacias para mulher. Além disso, o estudo avalia os efeitos das políticas mais gerais que visam melhorias da situação das mulheres: conselhos de direitos das mulheres e os planos políticos das mulheres. Em segundo lugar, o estudo estima os efeitos de uma política que não foi projetada com o objetivo de combater a violência doméstica, mas que melhorou as opções das mulheres fora do casamento - o programa Bolsa Família. Por fim, ele tenta estimar os efeitos da melhoria das oportunidades econômicas fora do casamento diretamente por meio da análise da relação entre a diferença de salário (baseada em gênero) e na taxa de homicídio feminino.
Estudo: A Dinâmica da Pobreza no Brasil: Padrões, Fatores Associados e Desafios Políticos
Apresentação: Luis-Felipe Lopez-Calva (Economista-Chefe, Grupo de Pobreza, Equidade e Gênero, América Latina e Caribe)
Este relatório aspira contribuir para a discussão pública sobre a forma de enfrentar o desafio da erradicação da pobreza crônica no Brasil.
Destina-se a fazê-lo por meio da compreensão do significado e da natureza da pobreza crônica, das características da população nesta condição, e dos canais potenciais de mobilidade para reduzir os níveis de vulnerabilidade, contribuindo para resolver problemas de informação que têm valor instrumental fundamental para a resolução de tais metas ambiciosas.