Comissão de Finanças aprova criação de sala especial para atender mulheres em delegacias

Crianças e adolescentes também deverão ser atendidos nessas salas; a Câmara continua analisando a proposta
03/06/2024 10h11

Comissão de Finanças aprova criação de sala especial para atender mulheres em delegacias

Laura Carneiro recomendou a aprovação da proposta

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei (PL 561/23) que obriga as delegacias da mulher e os órgãos de perícia criminal a criarem “salas lilás”, destinadas ao atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência.

Pela proposta da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), essas salas deverão dispor permanentemente de equipe multidisciplinar, composta por policiais, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros. Também deverão ter equipamentos para realizar exames periciais e pessoal para garantir orientação jurídica.

Ainda de acordo com o texto, deverá ser autorizado o acompanhamento de um familiar ou pessoa próxima da vítima durante os exames de perícia.

Parecer favorável
O parecer da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), foi pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do projeto, do apensado (PL 1304/23) e do substitutivo adotado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com subemenda. 

O substitutivo prevê também o atendimento de crianças e adolescentes nessas salas. Além disso, determina que a "sala lilás" seja um programa permanente da Política Nacional de Segurança Pública, sendo implementada em todos os órgãos de perícia criminal do estados.

Mudança no texto
A subemenda aprovada estabelece que a implementação das “salas lilás” deverá ocorrer na medida das disponibilidades orçamentárias e financeiras. 

Segundo a relatora, ao gerar despesas tanto para a União, quanto para os estados, sem apontar as fontes orçamentárias e financeiras necessárias, a proposta está “em desacordo com os dispositivos constitucionais e legais que regem a matéria”. A subemenda, segundo ela, tem o “objetivo de corrigir tal impropriedade”. 

Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias