Câmara realiza atividades para estimular a reflexão sobre o fim da violência contra as mulheres

Durante os 21 dias, várias atividades serão realizadas pelo legislativo, como: debates, concursos, acendimento de luzes laranjas no Congresso e exposições
21/11/2024 16h15

A câmara dos Deputados participa, até 10 de dezembro, dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A campanha mundial surgiu em 1991, de um movimento liderado por 23 feministas de diferentes países. A chefe de gabinete da Secretaria da Mulher da Câmara, Ana Cláudia Lustosa, destaca 3 marcos legais conquistados durante este período do movimento: a Lei Maria da Penha, a tipificação do feminicídio e a tipificação da violência política. Ela diz, no entanto, que esse marco legal não se refletiu na redução do número de casos de violência contra as mulheres.

Ana Cláudia Lustosa diz que isso acontece por causa do desconhecimento das leis, mas também por “razões culturais”. Ela afirma que um quarto das mulheres não conhecem, por exemplo, a Lei Maria da Penha. Ressalta ainda que a omissão também é uma forma de violência e representa uma “aprovação” a esse tipo de atitude. Mudança cultural, segundo ela, depende da educação nas escolas. É preciso combater o comportamento violento desde o início, diz. Ela afirma, no entanto, que é necessário também desenvolver políticas públicas para dar autonomia financeira às mulheres, para a formação profissional delas, além de atenção para a política de cuidados, que geralmente fica a cargo das mulheres.

Ana Cláudia Lustosa ressalta que a campanha começou no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, porque as mulheres negras são as maiores vítimas da violência. Durante os 21 dias, várias atividades serão realizadas pelo legislativo, como debates, concursos, acendimento de luzes laranjas no Congresso e exposições.

Apresentação: Mauro Ceccherini

 

Fonte: Rádio Câmara