Assinados termos de compromisso para implantar Rede Nacional de Procuradorias da Mulher

A Secretaria da Mulher da Câmara, por meio da Procuradoria da Mulher, formalizou nesta quinta-feira (25/11) a assinatura de termo de compromisso com diversas organizações e entidades para estabelecer uma Rede Nacional de Procuradorias da Mulher, que terá como objetivo promover ações de enfrentamento à violência em defesa de mulheres e meninas. A partir da assinatura do termo de compromisso, as entidades signatárias irão elaborar um plano de trabalho entre as partes para formalização posterior do Termo de Cooperação oficial. Pela Câmara dos Deputados, assinam o termo as deputadas Celina Leão (PP-DF), coordenadora da bancada feminina, e Tereza Nelma (PSDB-AL), procuradora da Mulher da Câmara.
25/11/2021 17h55

Foto: Billy Boss - Câmara dos Deputados

Assinados termos de compromisso para implantar Rede Nacional de Procuradorias da Mulher

Assinatura de termos de cooperação para Rede Nacional de Procuradorias

Participaram e assinaram o Termo de Compromisso as seguintes autoridades e suas respectivas instituições e órgãos: Tânia Reckziegel, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Daniela Correa Jacques Brauner, pela Defensoria Pública da União (DPU); Cristiane Britto, pela Secretaria de Política para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; Domitila Manssur, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); e Cristiane Damasceno Leite, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O evento também contou com a presença da representante da Organização das Nações Unidas (ONU Mulheres), Ana Carolina Querino, e do desembargador Clóvis Schuch SantosA deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e o deputado Weliton Prado (PROS-MG) também prestigiaram a solenidade. 

Tereza Nelma informou que em agosto foi realizado o I Encontro Nacional de Procuradorias da Mulher e, naquela data, foi lançada a ideia da Rede Nacional de Procuradorias da Mulher. “A iniciativa ganhou forma e ampliamos a adesão para diversos organismos que atuam na defesa das mulheres”, explicou.  A Rede irá funcionar a partir, primeiro, de reuniões de todos os signatários do acordo, que irão estabelecer ações e cronogramas. Após esta etapa, será oficializada a adesão formal ao Termo de Cooperação entre todos os envolvidos. “A Rede Nacional de Procuradorias da Mulher será formada pela Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados, a Procuradoria Especial da Mulher do Senado Federal, as Procuradorias da Mulher dos Estados e do Distrito Federal e também dos municípios, e demais entidades parceiras associadas”, esclareceu Tereza.

O objetivo da Rede é promover maior engajamento e articulação mais eficiente no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas em todo o País, além de proporcionar troca de experiências e de boas práticas para o desenvolvimento de instrumentos de proteção e de políticas públicas voltadas às mulheres.

Pela ONU, Ana Carolina Querino destacou os avanços na legislação de proteção às mulheres no Brasil, mas ponderou que é preciso a união de todas as instituições para atender ao desafio de disseminar e divulgar a legislação e colocá-la em prática. "A violência contra as mulheres é a ponta do iceberg da nossa sociedade, que tem raízes na violação dos direito humanos e contra as mulheres. Esta rede de ação conjunta é uma primeira iniciativa de movimento para que ocorra maior reflexão visando ao rompimento dessas raízes", afirmou.  

Pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tânia Reckziegel destacou o pacto protocolado pela Secretaria da Mulher da Câmara, por meio da Procuradoria da Mulher: "Será uma importante parceria, com apoio direto de diversas instituições, para se combater a violência contra as mulheres e pelo direito de viver". Também frisou a oportunidade deste novo instrumento contribuir para propagar boas práticas e projetos de combate à violência.  Daniela Correa Jacques Brauner, da Defensoria Pública da União (DPU), lembrou que o processo de enfrentamento à violência passa, também, por maior participação das mulheres na política e em todas as esferas de Poder. "E este compromisso precisa ser de toda a sociedade, para que tenhamos uma rede forte, acessível, de acolhimento e capilarizada", ponderou. 

A secretária Nacional de Política para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, destacou o protagonismo da Procuradoria da Mulher da Câmara e anunciou que o governo federal está criando o programa "Procura-me", para reforçar e divulgar junto às vereadoras eleitas em todo o País informações sobre a importância da criação de instrumentos como as Procuradorias da Mulher nos municípios. 

Domitila Manssur, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ressaltou a importância da união entre organismos de defesa dos direitos em todos os três Poderes, e destacou, também, a necessidade de se trabalhar a interseccionalidade, com recortes gênero, raça/etinia/cor e classe social para compreender todos os espaços nos quais as mulheres estão inseridas. Por sua vez, Cristiane Damasceno Leite, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), colocou a entidade à disposição desta luta e disse que "quando se ocupa um espaço, isso é feito para servir. E o resultado de todos esses esforços de união serão o legado para a melhoria das condições de vida das mulheres".  

Para o desembargador Clóvis Schuch Santos, a violência contra as mulheres é uma "chaga social" que precisa ser combatida

 Assista reportagem da TV Câmara e da TV Justiça!

25/11/2021 - Ascom - Secretaria da Mulher