Alice afirma que objeto da CPI dos Crimes Cibernéticos está sob risco

Durante audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, realizada nesta terça-feira (20), com a presença do coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Alberto Gatti Nunes, a deputada Alice Portugal mostrou sua preocupação com o rumo dos debates no Colegiado.
28/10/2015 10h28

Alex Ferreira

Alice afirma que objeto da CPI dos Crimes Cibernéticos está sob risco

Durante audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, realizada nesta terça-feira (20), com a presença do coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Alberto Gatti Nunes, a deputada Alice Portugal mostrou sua preocupação com o rumo dos debates no Colegiado. Para a deputada, o objeto da CPI está sob risco.

“Parece que estamos trabalhando em um processo de formação política, mas esse não é o foco da CPI. O Colegiado precisa investigar crimes cibernéticos, precisa mergulhar no universo das redes”, disse Alice. Ela rebateu aos ataques do deputado Jair Bolsonaro que, durante a audiência, chamou Jean Wyllys de deputado “rabo preso” e falou que os partidos de esquerda no Brasil, como o PCdoB, não têm nenhum compromisso com a liberdade. “Eu não tenho medo dos viúvos da ditadura. Não tenho medo daqueles que se frustraram quando o Brasil voltou a votar, porque apesar de vocês o Brasil vive outro dia”, disse Alice.

Além disso, ela cobrou um posicionamento da presidência da CPI com relação ao ato do deputado Laerte Bessa (PR-DF), que, durante o debate, jogou um copo d’água na cara de um participante que o acusou de defender Eduardo Cunha. “Hoje é um copo d'água; amanhã vai ser um tiro?”, criticou a deputada.

O deputado Odorico Monteiro (PT-CE) disse, no evento, que o Movimento Brasil Livre (MBL) é uma iniciativa golpista, centrada no ódio. “Vocês produzem o tempo inteiro uma tensão para desconstruir o processo democrático”, declarou o parlamentar. “Vocês estão na contramão dos valores da história”, completou. O coordenador do MBL questionou o deputado se o PT foi golpista no impeachment de Fernando Collor e quando defendeu o afastamento de Fernando Henrique Cardoso. “Não somos golpistas, golpismo é quem está envolvido em corrupção”, afirmou o coordenador.

Autor do requerimento da audiência, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), criticou vídeo postado pelo MBL que dizia que “os negros estão roubando as vagas das universidades federais” e questionou o coordenador se ele concordava com tal afirmação. Nunes disse que não apoia tal manifestação, mas se mantém contrário às cotas. “A cor de pele não faz o mérito para ninguém.” Ele criticou a partidarização da CPI e disse que o MBL não pode ser vítima dessa disputa ideológica.

Confira o momento que a deputada Alice rebate aos ataques do deputado Jair Bolsonaro:https://www.youtube.com/watch?v=VUbEYOBb0KM


Com informações da 'Agência Câmara Notícias'