Câmara avalia programa de acesso de estudantes à internet

06/12/2016 12h05

Aconteceu - 27/06/2007 20h03 <br />
Câmara avalia programa de acesso de estudantes à internet <br />
Uma reunião do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, nesta quarta-feira, deu início à análise do programa Um Computador por Aluno (UCA), do governo federal, que pretende ligar à internet todos os estudantes da rede pública (federal, estadual e municipal). É a primeira avaliação de política pública do conselho, que já promoveu estudos sobre biodiesel, dívida pública e centros vocacionais de tecnologia. <br />
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Proposta pelo deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), a avaliação será relatada pelo deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE). Lustosa acompanhou nos últimos dias 22 e 26 uma comitiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que veio ao Brasil conhecer a experiência brasileira em duas escolas de ensino fundamental, nas cidades de São Paulo e Porto Alegre. <br />
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Testes <br />
Em abril deste ano, o governo deu início a testes com 1.640 computadores portáteis em cinco escolas públicas escolhidas para o projeto piloto: Ciep Rosa da Conceição Guedes, em Piraí (RJ); Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Noday, em Palmas (TO); Escola Estadual Luciana Abreu, em Porto Alegre (RS); Escola Municipal Ernani Silva Bruno, em São Paulo (SP); e Cief da Vila Planalto, em Brasília (DF). <br />
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Os protótipos foram desenvolvidos por três fabricantes: Intel, Mobilis e OLPC. Este último é a sigla em inglês para o projeto &quot;um notebook por aluno&quot; (one laptop per child), desenvolvido pelo pesquisador Mário Negromonte, do Massachusets Institute of Technology (MIT). Idealizador do projeto, Negromonte criou a Fundação OLPC para disseminar a inclusão digital no mundo. <br />
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Investimento <br />
No encontro com os deputados do conselho, o coordenador do programa UCA e assessor especial da Presidência da República, Cezar Santos Alvarez, explicou que o governo vai investir R$ 60 milhões para adquirir 150 mil unidades em 2008 e dar início a uma rede experimental. O número de estudantes beneficiados equivale a apenas 0,5% do universo de alunos da rede pública brasileira, mas representa uma escala para demonstrar a viabilidade do programa. Um dos protótipos custa 170 dólares (o equivalente a cerca de R$ 340) por unidade, mas o preço pode ser reduzido com a fabricação em escala. <br />
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O presidente do conselho, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), ressaltou o alcance social do projeto para a juventude brasileira - que, segundo ele, será o próximo foco da crise que o País atravessará se nada for feito para promover a inclusão dos jovens na era do conhecimento. O deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) sugeriu a integração do programa às escolas técnicas e centros vocacionais de tecnologia dos governos federal e estaduais. <br />
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Os computadores, que também serão disponibilizados aos professores, terão uma configuração básica que permita aos estudantes usarem a internet para pesquisa e, ao mesmo tempo, se integrarem a uma rede que ligará todo o sistema. <br />
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Para isso, os computadores serão dotados de antena de recepção e transmissão de sinal da rede sem fio (rede wi-mesh), o que significa que cada um será uma antena de transmissão do sinal em banda larga. A escola instalará uma antena de recepção e os computadores retransmitirão o sinal à medida que se afastarem da escola, permitindo integração de todos à rede. <br />
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Reportagem - Cid Queiroz/Assessoria de Imprensa <br />
Edição - João Pitella Junior <br />
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(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara') <br />
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