Diretora-Geral da ANP na 9ª reunião do CEDES

06/12/2016 12h05

Agência Senado

Diretora-Geral da ANP na 9ª reunião do CEDES

Magda Chambriard, Diretora-Geral da ANP

O Centro de Estudos e Debates Estratégicos realizou, no dia 12 de junho de 2013, discussão sobre o setor petrolífero nacional com a participação da Diretora-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, Dra. Magda Chambriard.

No evento, foram discutidos o grande potencial petrolífero do Brasil, especialmente no horizonte geológico do Pré-Sal, a 11ª Rodada sob regime de concessão, ocorrida no dia 14 de maio, a 1ª Rodada no Pré-Sal sob regime de partilha de produção, prevista para outubro de 2013, e a 12ª Rodada, que visa à produção de gás natural em terra sob regime de concessão, prevista para novembro de 2013.

Com 7,5 milhões de km2 distribuídos em 29 bacias sedimentares com potencial para óleo e gás e pouco mais de 4% dessa área sob concessão para atividades de exploração e produção, o Brasil desponta como uma das melhores oportunidades de negócios do cenário mundial. As imensas reservas do Pré-Sal são a parte mais visível do potencial que pode colocar o País entre os grandes produtores mundiais.

De acordo com a ANP, a produção estimada para o ano de 2022, em áreas já contratadas, é de 4,4 milhões de barris de petróleo por dia. O grande destaque é o contrato de cessão onerosa celebrado em 2010 que, em razão de ter blocos extraordinários como Franco e de não pagar participação especial, deverá gerar uma produção, nesse ano, de 1,7 milhão de barris de petróleo por dia. Essa produção é maior que a produção estimada de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia nos importantes blocos do Pré-Sal licitados sob regime de concessão nos anos de 2000 e 2001. Observa-se, então, que as curvas de produção dependem mais do interesse financeiro da Petrobras, que é a operadora desses contratos, que da data do contrato.

A 11ª Rodada da ANP, realizada no dia 14 de maio, teve um valor recorde de bônus de assinatura de R$ 2,8 bilhões, valor a ser pago pelas empresas na assinatura do contrato de concessão. O ágio de 797,81% também foi recorde, assim como os investimentos de R$ 6,9 bilhões previstos nos Programas Exploratórios Mínimos. A área arrematada foi de 100,3 mil Km2 dos 155,8 mil Km2 quadrados ofertados.

Com relação ao Pré-Sal, no dia 23 de maio, a Dra. Magda Chambriard anunciou que o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE antecipou a realização da 1ª Rodada sob regime de partilha de produção para outubro deste ano. A área ofertada de 1,5 mil Km2 será o prospecto de Libra, na Bacia de Santos, descoberta pelo poço 2-ANP-0002A-RJS, em 2010. O volume de petróleo recuperável desse prospecto foi estimado entre 8 e 12 bilhões de barris. Esse volume é maior que o de Lula, com jazidas estimadas de 5 a 8 bilhões de barris.

A Diretora-Geral da ANP comentou sobre Libra nos seguintes termos: "É realmente algo grandioso... Nossa percepção é que vamos atrair todas as grandes empresas de petróleo do mundo, independentemente de serem estatal ou não... É coisa para gente grande". De acordo com ela, "Marlim, maior campo produtor do Brasil, tem volume recuperável de dois bilhões de barris. O campo de Roncador tem 2,5 bilhões de barris. A área que será licitada é algo grande, que fala por si só. Equivale a esses dois campos e a muitos outros que existem no país, juntos". Registre-se que as atuais reservas nacionais de petróleo são de 15,3 bilhões de barris.

A 12ª Rodada de licitações de áreas em terra com potencial para gás natural convencional e não-convencional (xisto), que seria realizada em outubro, foi remarcada para novembro deste ano. O Superintendente-Adjunto de Segurança Operacional e Meio Ambiente da ANP, Sr. Hugo Affonso, disse que a produção de gás de xisto no Brasil só será viável em 2023 caso os investimentos comecem a ser feitos já. Segundo ele, "Demorará cerca de 10 anos para a produção de gás de xisto se tornar viável". A exploração desse gás está provocando uma "revolução energética" nos Estados Unidos. De acordo com a Agência Internacional de Energia - AIE, o Brasil ocupa a décima posição no ranking mundial de reservas recuperáveis de gás de xisto, com 6,4 trilhões de metros cúbicos.


9ª reunião do CEDES. A Diretora-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, fez apresentação ao Cedes acerca das rodadas de licitação do Pré-Sal e de Gás Natural que serão realizadas no segundo semestre de 2013.

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