11ª reunião do Cedes
O Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados recebeu, em sua 11ª reunião de trabalho, o professor doutor Otavio Mielnik, autor do estudo "O Futuro Energético e a Geração Nuclear", editado pela Fundação Getúlio Vargas, e o assessor da Presidência da Eletronuclear, Leonan Guimarães.
O estudo apresenta uma perspectiva da matriz energética brasileira para o ano de 2040. Com ênfase na eletricidade, o estudo salienta a importância da diversificação das fontes como forma de se garantir a segurança energética, econômica e ambiental. O estudo enfatiza a geração nuclear como uma das principais fontes de energia no mundo, fato comprovado pela participação desta na produção elétrica de países como EUA (19,2%), França (77,7%) e Coreia do Sul (34,6%). No Brasil, a energia nuclear representa apenas 3,2% da produção de eletricidade.
As discussões em torno dos riscos e vantagens ambientais da atividade centram-se em duas questões principais: os perigos, a longo prazo, da destinação incorreta dos rejeitos radioativos e possibilidades de acidentes de grande proporção, em contraponto à vantagem imediata da baixa emissão de carbono, comparando-se, por exemplo, com a produção que utiliza carvão mineral.
Entre as vantagens apontadas no estudo, destacam-se a relevância em nível mundial das reservas brasileiras de urânio como matéria-prima principal para a geração nuclear, o conhecimento já desenvolvido no país a partir das usinas instaladas em Angra dos Reis e as possibilidades de produção, numa perspectiva de ampliação da demanda, em regiões próximas às regiões consumidoras ou que possuam baixa capacidade hidrelétrica.
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