Cerca de 100 pessoas estiveram no auditório Solon Amaral da Assembleia para reafirmar a resistência a quaisquer tentativas de retrocessos democráticos, criticando o desmonte de políticas públicas do governo interino, que ferem direitos até então consolidados no arcabouço social do país.

Como o evento ocorreu em Goiás, ativistas goianos chamaram a atenção para questões locais, denunciando massacres de populações indígenas e ataques ao direito à terra de campesinos devido ao avanço implacável do agronegócio. As lideranças destacaram o papel de entidades do estado na resistência ao golpe em uma conjuntura política desfavorável à agricultura familiar, pois as forças do Estado muitas vezes tratam os trabalhadores do campo como criminosos, citando como exemplo a prisão de militantes do MST (Movimento Sem-Terra), considerados presos políticos pelos movimentos sociais.

Para o presidente da CDHM, deputado Padre João (PT-MG), o evento significou um marco importante na luta pela democracia. "Em uma conjuntura onde os direitos das pessoas estão sendo arrancados, o Fórum traz uma contribuição relevante para o fortalecimento dos grupos que estão na luta diária pelos direitos humanos e pelo respeito à legalidade e à democracia. Não se trata contra um golpe apenas a um partido ou à presidenta Dilma Rousseff, mas a direitos que foram conquistados há décadas e estão sendo dilapidados, disse.